Catarina Costa conquista bronze nos Europeus de judo

Judoca de Coimbra somou assim a sua terceira medalha consecutiva em Campeonatos da Europa.

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Catarina Costa Emanuele Di Feliciantonio
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A judoca Catarina Costa conquistou nesta quinta-feira a medalha de bronze em -48 kg nos Europeus que decorrem em Zagreb, na Croácia, ao vencer no combate decisivo a primeira favorita, a sérvia Milica Nikolic, por waza-ari.

Catarina Costa, de 27 anos, que se encontra na corrida aos Jogos Olímpicos de Paris2024, somou assim a sua terceira medalha consecutiva em Europeus, depois de ter alcançado duas medalhas de prata, em Sófia2022 e Montpellier2023.

A competição que se iniciou nesta quinta-feira em Zagreb marcou o regresso da judoca de Coimbra aos "tatamis", depois de cerca de cinco meses de ausência, sem competir desde Dezembro, após uma cirurgia ao cotovelo e também uma entorse.

Sem a "pressão" da corrida aos Jogos Olímpicos e quando está em zona de apuramento directo (quinta posição em 17), a judoca da Académica teve uma manhã em que precisou do "golden score": venceu a sérvia Andrea Stojadinov (24.ª) e a belga Ellen Salens (48.ª), já na repescagem, após perder nos quartos-de-final com a israelita Tamar Malca (30.ª).

Telma parou por precaução

Um pouco antes, Telma Monteiro abandonou a prova no prolongamento do quarto combate, quando estava na zona de repescagem para a luta pelo bronze.

A 29.ª judoca do ranking mundial, a competir nos seus 18.ºs Europeus, discutia com a sérvia Marica Perisic (nona) o acesso à luta pelo bronze, mas desistiu. Com a ida a novo prolongamento, Telma "abdicou" aos seis minutos, depois de agarrar o joelho.

"Tudo tranquilo, o joelho está ok. Fez um excelente teste, que era o objectivo principal. E quatro combates com atletas de topo", assinalou à agência Lusa a treinadora Ana Hormigo, que se encontra a acompanhar os seus judocas em Zagreb.

Ana Hormigo explicou o motivo para a saída de Telma Monteiro aos seis minutos do seu quarto combate e quando já tinha efectuado três sempre com período extra de tempo para além dos quatro minutos iniciais, um dos quais a atingir quase os 10 minutos.

"A Telma sabia que ao mínimo incómodo era para parar. É normal, também pela fadiga acumulada pelos combates e especialmente pelos golden scores. Estão em jogo os Jogos Olímpicos. Se fosse outra prova, continuaria, mas, como disse, como prova de teste não vale a pena arriscar nada", justificou a treinadora.

Telma Monteiro, que está em lugar elegível para Paris2024, mas, à entrada para os Europeus, em quota de realocação, ainda pode ter mais três competições a pontuar, os Grand Slam do Tajiquistão e do Cazaquistão e os Mundiais de Abu Dhabi, em Maio.

"Com a Telma tudo é possível e, hoje, a medalha não estava fora de hipótese. É um sétimo lugar, são pontos importantes no apuramento, mas especialmente é um regresso de ouro", sublinhou Hormigo, depois de um percurso em que Telma venceu a britânica Lele Nairne (24.ª) e a francesa Priscilla Gneto (15.ª), ambas por waza-ari, antes de perder com a alemã Pauline Starke (12.ª), por ippon.

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