Sporting cada vez mais perto da festa

“Leões” triunfam por 3-0 em Alvalade sobre o Portimonense e ficam a dois pontos do título, que pode ficar fechado já neste domingo se o Benfica não ganhar em Famalicão.

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Paulino, um golo e uma assistência no triunfo do Sporting Pedro Nunes / REUTERS
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Ir tirando a esperança aos adversários. Foi uma das frases fortes de Rúben Amorim neste último terço da época. É isso que o Sporting tem feito semana após semana, com maior ou menor exuberância, entre a goleada e a vitória sofrida (ou o empate sofrido, como aconteceu no Dragão). Neste sábado, os “leões” espremeram mais umas gotas de esperança ao adversário que ainda os pode apanhar no primeiro lugar (o Benfica), com uma vitória por 3-0 sobre o Portimonense em Alvalade. Não foi um triunfo exuberante, mas também não foi sofrido, e serviu o seu propósito: o Sporting ficou a dois pontos de ser campeão pela 20.ª vez, algo que pode acontecer já neste domingo, se as “águias” deixarem pontos em Famalicão.

O Sporting cumpriu duas condições que têm estado presentes ao longo da temporada: continuou a ser a única equipa a marcar em todos os jogos do campeonato, para além de ser a única a vencer todos os jogos em casa (48 dos 84 pontos da época foram conquistados em Alvalade). Sempre assente nos mesmos princípios, agora com uma versão mais normalizada em relação ao que apresentara de início frente ao FC Porto – Gyökeres e Nuno Santos de início, mantendo-se Paulinho no “onze”. E em boa hora Amorim manteve o minhoto na equipa. Ele mostrou muito os dentes.

Já se sabe que, quando o Portimonense joga com um dos “grandes”, é o mesmo que dizer que joga sem avançados declarados. Paulo Sérgio apresenta duas linhas de defesa à sua baliza (uma espécie de 6x4x0), esperando que isso seja suficiente para deixar o adversário nervoso e cometa erros. Mas este Sporting, sobretudo na segunda volta, tem sido praticamente à prova de erros. E a estratégia ultra-defensiva da equipa de Portimão deixou de fazer sentido ainda antes do quarto de hora de jogo.

Já depois de várias aproximações de perigo relativo, o Sporting abriu o marcador aos 13’. Solicitado no corredor, Nuno Santos avançou até perto da linha final e fez o cruzamento atrasado que Paulinho aproveitou para o 1-0, o 19.º golo da temporada (13.º no campeonato), o seu melhor registo goleador no Sporting e não muito longe do seu melhor nos outros clubes que representou.

Até ao final da primeira parte, o Sporting travou um duelo interessante com Nakamura, o inspiradíssimo guarda-redes do Portimonense. Uma mão cheia de grandes defesas do internacional japonês impediu que o resultado crescesse – e o que Nakamura não apanhou, foi para fora ou acertou no poste.

Sem nervosismo, o Sporting levou para a segunda parte a vontade de, pelo menos, ficar a salvo de qualquer surpresa inesperada – o Portimonense não parecia ter capacidade de a causar, mas uma vantagem mínima é sempre um risco. E essa vantagem cresceu aos 70’. Tudo começou num toque de calcanhar de Nuno Santos, que direccionou a jogada para Paulinho. O ponta-de-lança “leonino” fez o cruzamento e Trincão tratou do golo.

Agora sim, o “leão” já podia ficar em pré-festa até ao fim do jogo - e ainda deu para mais um golo de Gyökeres para lá dos 90' - e a pensar que a festa maior, a do título, será uma questão de tempo. Mais cedo, não dependerá de si. Mais tarde, daqui a uma semana frente ao Estoril, só dependerá de si.

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