Populares tentam impedir posse em freguesia de Felgueiras

Cerimónia de tomada de posse esteve impedida durante mais de uma hora.

Dezenas de pessoas concentraram-se na noite desta segunda-feira à porta da sede da Junta de Freguesia de Caramos, Felgueiras, impedindo, durante mais de uma hora, a posse dos órgãos autárquicos e levando à intervenção da GNR, constatou a agência Lusa no local.

A porta principal do edifício, que tinha sido fechada a cadeado ao princípio da noite, foi aberta pelos militares, o que permitiu a entrada dos eleitos.

Os populares protestavam contra o facto de a instalação dos órgãos da União de Freguesias de Maceira da Lixa e Caramos, eleitos no dia 29 de Setembro, ter sido marcada para Caramos pelo presidente eleito, o socialista Marco Silva, actual autarca de Macieira da Lixa.

“Ele [Marco Silva] veio cá fazer esta cena só para provocação”, disse à Lusa Maria Rosalina Pinto, uma das manifestantes.

Nas eleições, somados os votos das duas freguesias, o PS ganhou com 24 votos de vantagem sobre o PSD, que era liderado pelo presidente da Junta de Caramos.

No escrutínio verificou-se que o PS ganhou com grande vantagem em Maceira da Lixa e o PSD em Caramos. No apuramento final da União de Freguesias, registou-se uma ligeira vantagem dos socialistas.

Em declarações à agência Lusa, o presidente eleito lamentou a situação desta noite. “É uma situação muito desagradável e muito constrangedora. Não estava à espera desta reacção”, afirmou, atribuindo os protestos ao facto de “as pessoas não estarem contentes com a agregação”.

Maria Rosalina Silva, a porta-voz dos protestantes, disse que a população nada tem contra o presidente, mas está contra a posse ser realizada em Caramos.

“A posse devia ser em Macieira da Lixa, porque ele é presidente da junta de Macieira. As pessoas não aceitam”, frisou. À Lusa afirmou ainda desconhecer quem colocou o cadeado na porta da sede da junta.

O presidente da Junta de Caramos, Filipe Cunha (PSD), presente no local, não quis prestar declarações.

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