Durante muitos anos, Zé pintou comboios e fez graffitis pelo mundo fora. Era conhecido por Ontsk, o rei do Graff. Em 2003, abriu a primeira loja de material de graffiti - Cans-shop - na Rua da Rosa, no Bairro Alto. Chegava a oferecer tintas e latas de spray aos amigos para que mais muros fossem pintados e a procura pelo graffiti aumentasse.
Hoje em dia, é conhecido como Robert Panda. Os graffitis ficaram para trás e a street art tomou o seu lugar. Constrói figuras com cimento, fita-cola ou fibra de vidro, que se assemelham ao ser humano, mas de forma exagerada – pescoço longo, abdómen saliente e uma cor apelativa. São os chamados “Estúpidos”, que inicialmente tinham sido criados à semelhança da figura humana. Foi ao perceber que um artista americano tinha um trabalho idêntico, que Robert Panda optou por manter as figuras num espaço fechado durante um ano, até arranjar uma solução: deformá-las.
Em 2013, colocou o primeiro “Estúpido” na rua. Queria apenas registar o efeito visual do boneco em conjugação com o espaço. Logo após expor a figura, tinha já um casal de turistas a sentar-se ao seu lado e a pedir que lhe tirasse uma fotografia. “Não me cabia na cabeça que ao meter aquilo na rua as pessoas fossem lá mexer. Mas tu metes na rua e aquilo é de todos”, diz.
Escondido da multidão, Robert Panda fotografa a reacção das pessoas para com aquele ser estranho. Há quem pare, há quem ignore, há quem sinta uma empatia instantânea com aquele boneco que encontrou no caminho.
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Os "Estúpidos" andam aí
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