Xi Jinping terá recusado convite de Bruxelas para comemorar 50 anos das relações diplomáticas UE-China
Primeiro-ministro chinês é quem assiste às cerimónias em Bruxelas, sendo o Presidente o anfitrião quando são na China, mas a União gostaria de ver Xi em Bruxelas para marcar o meio século.
O Presidente chinês, Xi Jinping, recusou um convite para assistir em Bruxelas à cimeira destinada a assinalar o 50.º aniversário das relações diplomáticas entre a União Europeia e a China, noticiou o Financial Times este domingo.
Pequim disse aos funcionários da UE que seria o primeiro-ministro, Li Qiang, a reunir-se com os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyene, em vez de Xi, disse o diário britânico, citando duas pessoas familiarizadas com o assunto, que não foram identificadas.
O primeiro-ministro chinês normalmente participa na cimeira quando esta se realiza em Bruxelas, enquanto o Presidente é o anfitrião quando a mesma se realiza em Pequim, mas a UE queria que Xi Jinping participasse para comemorar o meio século de relações entre a China e a União, disse o jornal.
As tensões entre Bruxelas e Pequim cresceram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, com a UE a acusar a China de apoiar o Kremlin. No ano passado, a UE impôs tarifas sobre as importações de veículos eléctricos chineses.
O Ministério das Relações Exteriores da China e a UE não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.
“Estão em curso discussões informais, tanto sobre a data da cimeira UE-China deste ano como sobre o nível de representação”, disse um funcionário da UE ao jornal, enquanto o ministério chinês foi citado como tendo dito que não tinha qualquer informação a fornecer sobre o assunto.
A China, a segunda maior economia do mundo, e a UE, a terceira maior, passaram grande parte de 2024 a trocar farpas sobre alegações de excesso de produção, subsídios ilegais e dumping nos mercados uns dos outros.
Em Outubro, a UE impôs tarifas de dois dígitos aos veículos eléctricos fabricados na China após uma investigação sobre subvenções, a juntar aos normais 10% sobre a importação de veículos. Esta medida suscitou fortes protestos de Pequim que, em contrapartida, aumentou os obstáculos à entrada no mercado de certos produtos da UE, como o brandy.
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