Confiante e expectante. Era assim que Rui Jorge estava antes da selecção portuguesa dar os primeiros toques da bola olímpica no “Engenhão”. Confiava no trabalho que tinham feito, mas estava curioso para ver como reagiam ao ambiente. “Sentia que estávamos preparados, mas estava expectante, de saber como é que os jogadores iriam encarar este ambiente. Era essa a incógnita”, admitiu o seleccionador português após a vitoriosa estreia frente à Argentina.

Tudo o que rodeou a formação e a preparação da equipa, garante o antigo lateral-esquerdo, ficou esquecido antes de entrar no relvado do estádio olímpico. “Todas as vitórias são especiais e esta soube muito bem. Foi um resultado fantástico. Os problemas ficaram para trás há muito tempo. Temos jogadores empenhados e com carácter e sinto que podemos contar com todos os que cá estão”, frisou.

Rui Jorge reconheceu a importância do apoio do público brasileiro à selecção portuguesa e que isso contribuiu para o triunfo: “Não esperava tanta gente no estádio. Puxaram muito por nós. Os jogadores sentiram isso, temos de agradecer a forma como nos apoiaram.”

O seleccionador português admitiu que não foi um jogo perfeito, mas que houve momentos muito bons durante os 90 minutos: “Acho que jogámos muito bem, tivemos também a sorte do jogo. A Argentina podia ter marcado. Tivemos algumas falhas muito graves.”

Do lado da Argentina, Júlio Olarticochea teceu enormes elogios à selecção portuguesa, não a considerando uma equipa improvisada. “Sabíamos pelo que tínhamos visto que é uma equipa compacta e agressiva. Complicaram bastante no início e conseguimos equilibrar. Tivemos pouco jogo mas muitas oportunidades de golo. Os golos não se merecem, marcam-se. Portugal não foi uma equipa improvisada nem é uma equipa medíocre. Jogaram muito bem.”