FC Porto reduz prejuízos para os 28,4 milhões de euros
"Azuis e brancos" agravaram o capital próprio no período referente a 2017-18.
O FC Porto SAD apresentou nesta quinta-feira as contas relativas ao exercício financeiro de 2017-18, com um prejuízo de 28,4 milhões de euros, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Globalmente, este resultado traduz uma melhoria face aos valores registados no período homólogo, quando atingiu os 35,3 milhões negativos, mas agrava preocupações no que respeita ao capital próprio.
A 30 de Junho de 2018, o capital próprio da SAD "azul e branca" atingiu o valor negativo de 38,1 milhões, um agravamento significativo (-28,98 milhões) quando comparado com o exercício encerrado um ano antes. Para este montante contribui a incorporação dos prejuízos registados neste exercício, mas os "dragões" ressalvam que o capital próprio "está subvalorizado, uma vez que os montantes pelos quais o plantel e o direito de utilização da marca FC Porto estão contabilisticamente registados são claramente abaixo do seu valor de mercado".
O esforço a que a SAD está obrigada, por força do compromisso assumido com a UEFA em Junho de 2017, tem-lhe permitido, porém, manter-se dentro dos parâmetros estabelecidos no acordo relativo ao fair-play financeiro. Nesse sentido, a administração da sociedade "azul e branca" mantém esperanças de concluir este processo de ajustamento mais cedo do que o previsto, tendo apresentando um EBITDA (cash-flow operacional) positivo, agora na ordem dos 27,9 milhões de euros.
Os proveitos operacionais (excluindo proveitos com passes) também cresceram para os actuais 105,79 milhões, o mesmo tendo acontecido com os custos operacionais (excluindo custos com passes), "devido ao acréscimo verificado nos custos com o pessoal, na sequência do pagamento de prémios atribuídos ao plantel e equipa técnica, pela conquista do campeonato nacional". Esta rubrica atinge agora os 133,72 milhões de euros.
O total do activo da FC Porto SAD cifra-se actualmente nos 426,053 milhões de euros, o que traduz um aumento de 47,6 milhões face a 2016-17, mas o passivo cresceu ainda mais (76,6 milhões), tendo passado de 387,560 para 464,173 milhões de euros.
