Instagram proíbe influenciadores de promover cigarros electrónicos, conhecidos como vaping

Algumas mortes, por lesões pulmonares, fizeram as redes sociais repensarem sobre este tema e proibir a sua publicidade.

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Várias mortes nos EUA por causa do vaping alertaram as redes sociais para os perigos dos cigarros electrónicos Reuters/Brian Snyder

Os influencers, pessoas que utilizam as redes sociais para promover produtos e tendências e que são seguidas por milhares, não vão poder promover os cigarros electrónicos, conhecidos com o nome de vaping, no Instagram. A plataforma, que pertence ao Facebook, proibiu a publicidade a estes produtos devido a mortes recentes relacionadas com o uso destes cigarros.

A publicidade a produtos, seja a sapatos, roupas, bebidas ou de cosmética, é comum no Instagram; e é feita quer por celebridades quer por influenciadores. As tabaqueiras têm contratado pessoas conhecidas do grande público como a cantora Lily Allen ou o actor Rami Malek para promover os cigarros electrónicos. Contudo, depois do sucesso que o vaping conquistou nos EUA, junto dos mais novos, e de algumas mortes, por lesões pulmonares, fizeram as redes sociais repensarem sobre este tema.

Depois de o Facebook e do Instagram terem proibido anúncios destes produtos nas páginas das próprias marcas, estas conseguem chegar ao público através das publicações dos influencers nas redes sociais. 

Assim, nas próximas semanas, o Instagram vai estender esta proibição a todas as pessoas. “Conteúdo de marcas que promovam produtos como vaping, produtos de tabaco e armas não serão permitidos”, anunciou a empresa num post, nesta quarta-feira.

Estas novas directrizes foram conhecidas no mesmo dia em que a British Advertising Standards Authority (ASA, a sigla britânica) proibiu as empresas de tabaco de promoverem cigarros electrónicos nas redes sociais. Contudo, a decisão do Instagram não tem relação com a da ASA, anunciou uma porta-voz do Instagram à Reuters.

O Instagram disse que esta é a primeira vez que a plataforma implementa restrições quanto ao tipo de produtos que podem ser promovidos. “É imperativo que o Facebook e o Instagram não se limitem a adoptar estas mudanças de política, mas também que confirmem que são rigorosamente aplicadas”, considera Matthew Myers, presidente da Campanha para Crianças Sem Tabaco. “As empresas de tabaco passaram décadas a aliciar as crianças e as empresas de media não devem ser cúmplices dessa estratégia”, conclui.

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