Pelo menos 130 mortos em queda de ponte suspensa na Índia

A ponte do século XIX esteve fechada para reparações durante seis meses e reabriu na semana passada.

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Momentos depois da queda da ponte Twitter Hasan Safin
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Pessoas agarram-se aos cabos para não serem levadas pela corrente ANI/Reuters

Pelo menos 134 pessoas morreram e dezenas ficaram gravemente feridas depois de uma ponte pedonal suspensa ter caído na cidade de Morbi, estado de Gujarat, na Índia, atirando centenas de pessoas para o rio Machhu.

As autoridades indianas temem que o número de vítimas mortais possa crescer à medida e já foi aberto um processo para investigar um dos acidentes mais mortais no país nos últimos dez anos.

O balanço de vítimas tem sido actualizado desde a altura do acidente, mas há discrepâncias consoante as fontes. A meio da tarde de domingo (em Lisboa, pois na Índia já passava das 22h), o ministro Brijesh Merja confirmou a morte de 60 pessoas e explicou que a maioria das vítimas são crianças, mulheres e idosos. Mais tarde, um médico do hospital local citado pela Reuters avançar que tinham ali entrado 81 cadáveres. Na manhã desta segunda-feira, um funcionário das autoridades locais apontou para 134 vítimas mortais, acrescentando que as buscas e operações de resgate continuam.

O que parece certo, para já, é que mais de 400 pessoas estavam na ponte no momento em que colapsou, ao fim da tarde deste domingo. “Muitas pessoas vieram cá passar o feriado e o fim-de-semana, é um local agradável para turismo. Isto aconteceu provavelmente por causa da enorme multidão que estava na ponte”, disse uma testemunha à agência de notícias ANI.

As imagens transmitidas pelo canal televisivo Zee News mostravam dezenas de pessoas a agarrarem-se aos cabos da ponte enquanto as equipas de emergência se esforçavam por alcançá-las. Um homem que conseguiu nadar para a margem descreveu ao canal NDTV que viu crianças a cair à água e a serem arrastadas pela corrente.

A ponte com 230 metros foi construída durante o período de governação britânica, no século XIX, e reabriu ao público na quarta-feira passada, depois de ter estado fechada durante seis meses para reabilitação. A imprensa indiana diz que ainda não tinha sido emitida licença de utilização, mas que a ponte foi reaberta ainda assim. “Estamos chocados e a analisar o assunto. O governo assume a sua responsabilidade pela tragédia”, disse Brijesh Merja à NDTV.

Uma testemunha que se identificou como Raju disse que viu pessoas penduradas na ponte que acabaram por escorregar e cair no rio. “Consegui trazer várias crianças para o hospital”, disse.

O primeiro-ministro Narendra Modi, que está em Gujarat em visita oficial de três dias, afirmou que ordenou ao governador do estado que mobilizasse urgentemente equipas para as operações de resgate. O Governo também formou uma equipa de cinco pessoas para investigar o acidente.

A polícia abriu um processo contra várias pessoas responsáveis pela renovação, manutenção e gestão da ponte. O grupo Oreva, fabricante de electrodomésticos com sede em Gujarat, tinha como funções fazer a manutenção da ponte, mas um porta-voz da empresa não respondeu aos pedidos de comentário da agência Reuters.

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