Início do ano lectivo, do Outono e do fim

“Tudo tem um começo”, lê-se no dicionário, logo após a explicação do significado deste substantivo masculino:
“Parte inicial de uma acção ou processo.” Dito de outra forma, “começo” é “o que está no princípio”. 

Embora seja em Janeiro que o ano se inicia, para quem estuda, ensina e tem filhos em idade escolar, é em Setembro que tudo “começa”. O ano lectivo arrancou por estes dias com boicotes e protestos. A “começar” pela colocação de professores. “A forma como o Ministério da Educação e Ciência ordenou milhares de professores para a contratação pelas escolas não é legal, nem justa, nem transparente”, disseram membros da Sociedade Portuguesa de Matemática e da Associação de Professores de Matemática. A fórmula “está correcta”, garantiu a Direcção-Geral da Administração Escolar. 

Encerramento de escolas, falta de professores e turmas com crianças de vários níveis de ensino foram outras das notícias que assinalaram a “entrada” do novo ano lectivo. Um mau começo.

“Um bom começo” foi a frase publicitária escolhida para o Novo Banco (a parte “desintoxicada” do Banco Espírito Santo). O que parecia uma campanha inteligente, valorizando um ponto de partida longe do zero, acabou por se transformar em piada. Dois meses foi quanto durou a presidência de Vítor Bento no conselho de administração. Já lá está outro, Stock da Cunha. 

Um bom começo? Ou o princípio do fim?

“Começos” (plural) significa “primeiras tentativas ou experiências”. Parece ser o que o Outono andou a fazer por estas latitudes, “ensaios” que anteciparam a estação ao que dita o calendário. Começar, começar, só depois de amanhã, quando acontece o equinócio, a 23 de Setembro. Porque tudo tem um começo. 

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