Jerónimo de Sousa gaba "cassete" do PCP que tinha razão há dois anos

Secretário-geral do PCP fechou o primeiro dia oficial de campanha autárquica com um comício em Torres Novas.

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Carlos Lopes / Arquivo

O secretário-geral do PCP defendeu esta terça-feira à noite que o seu partido e aquilo a que alguns apelidam de "cassete" foi o único discurso que "tinha razão há dois anos", discordando do memorando de entendimento para assistência financeira da troika.

Em Torres Novas, numa ação de campanha autárquica, Jerónimo de Sousa voltou a criticar a postura de "submissão" da maioria PSD/CDS-PP, mas também dos socialistas e do Presidente da República "perante o estrangeiro."

"Há dois anos, só houve uma voz que disse ´cuidado, não vão por aí, não assinem isso, procurem alternmativas, renegoceiem a dívida, procurem fontes de financiamento diferentes, juntem-se a outros países em dificuldades'. Lá estava o PCP a ter uma visão negra, a usar a cassete, o pessimismo. Hoje dizem que quem tinha razão afinal era o PCP", afirmou o também deputado comunista.

O secretário-geral do PCP descreveu que, "ainda hoje, os chamados parceiros sociais - patrões, sindicatos" -, concordaram com a teoria avançada pelos comunistas ao admitirem que "as reuniões (com a ´troika') tinham sido uma desilusão", não passando de "uma audição".

"Temos que denunciar a política de submissão perante o estrangeiro, daqueles que diziam ser os tais amigos, com as tais ajudas que vinham resolver os problemas do défice e da dívida", alertou o líder da Coligação Democrática Unitária, que une ainda "Os Verdes" e a Intervenção Democrática.

Jerónimo de Sousa defendeu que "os candidatos da CDU são perfeitamente normais, cidadãos animados pela honestidade, que marca a diferença em relação à política e aos outros políticos, servindo os trabalhadores e as populações", enquanto "tantos e tantos usam a política para promoção, para fins pessoais ou de grupos".

Em Torres Novas, a CDU tem um vereador, Carlos Tomé, que se recandidata a uma autarquia liderada pelo socialista António Rodrigues, desta feita substituído pelo seu "vice", Pedro Ferreira, em virtude da lei de limitação de mandatos.
 

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