Lugar por ocupar e onda do mar

Substantivo feminino que significa “lugar vago ou não preenchido”. Dito de outra forma, “espaço ou lugar vago que pode vir a ser ocupado”.

No princípio da semana, foram divulgadas as “vagas” no ensino superior e ficou a saber-se que há 50.820 lugares para novos alunos – menos 641 do que os disponíveis há um ano.

“Esta situação faz recuar a oferta no ensino superior público para um nível semelhante ao que se tinha verificado em 2008”, noticiou-se. Também se recordou que “o número de estudantes que, à saída do ensino secundário, declara querer prosseguir a sua formação para as universidades e institutos politécnicos não tem parado de diminuir nos últimos seis anos”. Motivos: dificuldades financeiras e vontade de arranjar um trabalho para poderem ganhar o seu próprio dinheiro. É triste.

A expressão “ocupar uma vaga” pode dizer respeito a um “cargo ou função disponível” ou referir-se a “tempo durante o qual um cargo ou emprego se encontra vago”.

“Vaga” também se traduz por “falta”, “ausência” e “vacância”. No Bloco de Esquerda, por exemplo, há cada vez mais “vagas”.

Mas o primeiro significado registado nos dicionários é “onda”. Ou seja, “uma elevação de água, do oceano ou do mar, causada sobretudo pela acção do vento ou das marés”. Em sentido figurado, corresponde a “grande quantidade” e “multidão” .

“Vaga de fundo” quer dizer “movimento surdo, mas consistente, no interior de um grupo numeroso de pessoas e que manifesta o sentido das suas opções”. É na política que mais acontece. Mas só quando os partidos têm militantes em número suficiente.

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