Nuno Cardoso fica como vereador no Porto se não for eleito presidente

O candidato independente já presidiu ao município entre 1999 e 2002, quando Fernando Gomes deixou a câmara para integrar o Governo de Guterres.

O candidato independente à Câmara do Porto Nuno Cardoso garantiu esta quinta-feira que ficará como vereador no executivo caso não seja eleito presidente e disse querer “unir o Porto” para a cidade “ser ouvida pelo Governo central”.

“Obviamente que sim”, afirmou Cardoso, no fim de uma visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários do Porto (BVP), depois de questionado sobre se fica como vereador no executivo camarário se não for eleito presidente.
Depois de ser cumprimentado por vários transeuntes e interpelado por cinco que quiseram apoiá-lo, o candidato destacou a sua candidatura como a única “para lá dos partidos” e que “quer unir o Porto”, porque a cidade tem de estar unida “para poder ser ouvida pelo Governo Central”.

O candidato apontou como exemplo a forma como o Estado se comportou com as câmaras de Lisboa e do Porto no caso dos respectivos aeroportos, pagando à primeira os terrenos que esta adquiriu para a construção da infraestrutura e pagando “zero” à autarquia portuense.

“Estamos a contar consigo”, “Força!”, “Precisamos de um presidente do Porto e não daqueles que deixaram dívidas noutros lados e vêm para aqui fazê-las” e “Quero votar no senhor doutor”, foram algumas das palavras de ânimo que o engenheiro, que foi presidente da Câmara do Porto entre 1999 e 2002, ouviu hoje junto à Avenida dos Aliados.

Numa manhã dedicada às corporações de bombeiros da cidade, Cardoso começou por visitar os BVP, onde ouviu o comandante falar da “falta de apoio” aos voluntários e da necessidade de avançar com a construção de um novo quartel na zona de Cartes, Campanhã, devido à exiguidade das actuais instalações.

Das cerca de 20 viaturas da corporação, apenas seis cabem dentro do quartel, destacou o comandante, explicando que as restantes 14, onde se incluem carros de bombeiros e ambulâncias, ocupam grande parte da Rua de Rodrigues Sampaio.

Cardoso observou que “a câmara não tem dado grande apoio” e defendeu a “cooperação entre os Sapadores, que são profissionais, e os voluntários”.

Nuno Cardoso presidiu à Câmara do Porto quando Fernando Gomes abandonou o cargo para ser ministro da Administração Interna, no último Governo de António Guterres.

Além de Cardoso, concorrem à Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD/MPT/PPM), Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP). O social-democrata Rui Rio, eleito pelo PSD/CDS-PP, é presidente da Câmara do Porto há três mandatos e não se pode recandidatar.

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