Os três cenários

Na CDU, o que passa é o colectivo detrás do líder, a equipa.

Não é análise política. A solução pós-eleitoral não ocupa esta coluna. Em causa está, apenas, um dado pela mera observação das reportagens televisivas. Os líderes partidários recorrem a três tipos de fundo, de cenário, nos seus comícios e intervenções públicas nas caravanas de campanha.

Desconhecemos o motivo, embora em dois dos casos se afigure como óbvio. A terceira solução de fundo remeterá, sem dúvida, para uma resposta subliminar. Mesmo assim arriscamos.

O mais comum é discursar com o lema da campanha como cenário. Efeito de propaganda garantido, coerência nas referências e martelar do slogan. Foi assim que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas falaram do estrado em Faro, tendo por fundo a mensagem de Portugal à Frente. Clássico, sem dúvida.

Já Jerónimo de Sousa, em Samora Correia, fez a sua intervenção garantindo pouca perenidade à próxima legislatura tendo atrás de sim os candidatos a deputados do círculo e dirigentes locais da CDU. É sempre assim. O que passa é o colectivo detrás do líder, a equipa. O que obriga os membros do colectivo a uma contenção de gesto apenas interrompida pelos inevitáveis aplausos. Uma opção reveladora de um estilo.

Em Viseu, António Costa tinha um fundo jovem de rapazes e raparigas. Solução que transmite imagem de vitalidade e pretende projectar uma mensagem de futuro. Estas três modalidades de cenário passaram, sucessivamente, no Jornal da Meia Noite da SIC Notícias de terça-feira.

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