PSD e CDS querem Parlamento a acompanhar execução de fundos comunitários

Questionado pelos jornalistas, o líder parlamentar do PSD desvalorizou o afastamento da ex-deputada apontada para ser adjunta do ministro das Finanças.

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Hugo Soares, deputado e líder parlamentar do PSD, criticou o atraso na execução do PRR Rui Gaudencio
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O PSD e CDS anunciaram esta quarta-feira que irão propor a constituição de uma comissão eventual parlamentar para o acompanhamento da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa Portugal 2030. A decisão foi anunciada pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que falou aos jornalistas acompanhado pelo líder parlamentar do CDS, Paulo Núncio.

Hugo Soares explicou que os partidos estão muito "preocupados" quer com a execução do PRR, quer com o PT 2030. Por isso, os dois partidos irão propor uma comissão eventual para o acompanhamento da execução destes dois programas. "Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar uma capacidade de financiamento nunca antes existente", afirmou Hugo Soares.

Repetindo os dados divulgados pelo Governo na última semana, Hugo Soares insistiu que os níveis de execução do PRR estão abaixo do desejado. "Por uma questão de transparência e de escrutínio da Assembleia da República, entendemos que é muito importante que o Parlamento acompanhe a execução destes fundos comunitários e o trabalho do Governo", disse.

Hugo Soares foi ainda questionado sobre a investigação à ex-deputada do PSD, Patrícia Dantas, que desistiu de ser adjunta do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, depois de ter sido noticiado que está a ser julgada no megaprocesso da Associação Industrial do Minho.

O líder da bancada parlamentar do PSD desvalorizou a questão, vincando que não se trata de um membro do Governo, "mas de uma assessora". "Levantou-se uma questão à volta de uma pessoa que ia ser nomeada para o gabinete do Governo e a pessoa não foi nomeada. Fazerem-se títulos e parangonas a dizer que Governo tem a primeira baixa é quase de gargalhada nacional", atirou.

"É impossível considerar-se uma baixa no Governo uma pessoa que ia trabalhar para um gabinete e que não é membro do Governo", continuou. O deputado insistiu que nada falhou na nomeação da adjunta, a quem elogia as competências técnicas que estiveram na origem da sua escolha. "Tanto que conhecíamos esses problemas que temos critérios que mais nenhum partido teve absolutamente claros na composição das listas, a senhora era deputada e deixou de ser", explicou Hugo Soares.

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