Funeral de etalonadora e colorista Teresa Ferreira é no sábado em Lisboa

O sangue (1990), de Pedro Costa, e Pandora (1994), de António da Cunha Telles foram alguns dos filmes em que fez o trabalho de etalonagem. Tinha 83 anos.

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Teresa Ferreira era membro da Academia Portuguesa de Cinema e vencedora do prémio Bárbara Virginia dr

O funeral da colorista portuguesa Teresa Ferreira, que morreu na terça-feira aos 83 anos, decorrerá no sábado em Lisboa, revelou a funerária Servilusa.

Segundo a mesma fonte, o velório é na sexta-feira, a partir das 18h, na igreja de São João de Deus, em Lisboa, seguindo o funeral no sábado para o cemitério do Alto de São João.

Teresa Ferreira, que nasceu em Lisboa em 1940, assumiu um trabalho que fica sempre no anonimato na produção de cinema, o de etalonagem, ou seja correcção e ajuste de cor na película fílmica.

Em 2017 foi distinguida com o prémio Bárbara Virgínia, da Academia Portuguesa de Cinema, pelo percurso no cinema português.

A Academia Portuguesa de Cinema lembrou que Teresa Ferreira "contribuiu com o seu enorme talento a dezenas e dezenas de filmes portugueses ao longo dos muitos anos em que trabalhou na Tobis e no período em que passou na Ulisseia Filmes".

A colorista trabalhou em filmes como O processo do rei (1989), de João Mário Grilo, O sangue (1990), de Pedro Costa, e Pandora (1994), de António da Cunha Telles, e com realizadores como João Canijo, António-Pedro Vasconcelos, Solveig Nordlund, Alberto Seixas Santos, José Fonseca e Costa, Manoel de Oliveira e António de Macedo, entre outros.

"Ainda que o seu nome seja pouco conhecido do grande público, ela desempenhou um papel crucial na história do cinema português", escreveu o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, numa nota de pesar divulgada "online".

Teresa Ferreira era membro da Academia Portuguesa de Cinema e fez parte da direcção da Casa do Artista entre 2017 e 2020.

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