“Em 2019 aposto no Challenge Tour”
Tiago Cruz fala do que lhe vai na alma para um novo ano que se lhe afigura decisivo
Só depois tive esse tempo livre de que necessitava e consegui os tais bons resultados na Escola.
Mesmo assim, terminaste o ano com uma Categoria para jogares alguns torneios do Challenge Tour em 2019. Qual é essa Categoria e sabes mais ou menos que tipo de época poderás fazer em 2019? Sabes que tipo de torneios poderás jogar e poderás planeá-la atempadamente?
Antes de responder, quero agradecer ao Mário Ferreira (CEO do NAU Hotels & Resorts), ao José Correia (presidente da PGA de Portugal) e ao Miguel Franco de Sousa (presidente da Federação Portuguesa de Golfe), por terem unido esforços na realização do 56° Open de Portugal @ Morgado Golf Resort. Só graças à realização do Open de Portugal tive acesso a outras provas do Challenge Tour.
Com os sete convites que o José Correia (igualmente gestor do Team Portugal) me disponibilizou, mais o Open de Portugal e um extra devido a um top-10, consegui terminar em 119° lugar do Ranking (Corrida para Ras Al Khaimah) e ficar com a Categoria-14.
É sempre difícil prever a quantos torneios terei acesso com esta Categoria-14, mas olhando para os anos anteriores fico com uma ideia de quais consigo jogar. Nos outros torneios só saberei se entro na segunda ou na terça-feira anterior ao início do torneio.
Tenho que falar com o José Correia para podermos conciliar a minha Categoria-14 do Challenge Tour com alguns convites que a PGA Portugal possa oferecer-me e assim conseguir o maior número possível de torneios e planear o calendário competitivo da melhor maneira possível.
Qual o balanço e saldo que fazes de 2018? É um ano que te satisfaz? Um ano que te deixa aborrecido ou um ano ambivalente com aspetos positivos e negativos?
Foi um ano positivo porque há mais pontos positivos que negativos. Fiquei com uma categoria para o Challenge Tour, terminei no top-4 no Open de Portugal, Passei a primeira e a segunda fase da Escola com boas prestações.
Os objetivos que não concretizei foram falhar o top-25 na Final da Escola e o não ser campeão nacional (pela terceira vez), mas se a Final da Escola me tivesse corrido bem, não poderia ter jogado o Solverde Campeonato Nacional PGA (7.º classificado).
Em 2019 calculo que vás jogar no Portugal Pro Golf Tour. E depois, que planos tens? Jogar só no Challenge Tour ou optar por disputar também outros circuitos?
Sim vou jogar o Portugal Pro Golf Tour nos primeiros três ou quatro meses do ano. É o melhor circuito de inverno para mim. Serve para ganhar ritmo competitivo e confiança para entrar bem no Challenge Tour. Depois vou só jogar no Challenge Tour, porque os circuitos satélites são longos e muitas vezes os torneios coincidem com os do Challenge Tour.
Tens financiamento suficiente para essa época mais ambiciosa e por isso mais dispendiosa?
Tiago Cruz – Vai ser uma época com grandes custos. O meu “manager”, Pedro Lima Pinto (da GreatGolf) está a tentar encontrar novos patrocínios. O BiG, Banco de Investimento Global, tem sido o meu único apoio financeiro nos últimos anos e não chega para toda a época. Mas tenho conseguido amealhar nos vários torneios que tenho jogado e isso tem-me mantido em competição. Tenho muito de agradecer ao BiG porque sem ele acho que não estaria onde estou hoje. Mas também aproveito para agradecer os outros apoios da Galvin Green, Nevada Bob's, Wilson Staff e GreatGolf.
Com que equipa técnica vais enfrentar essa nova época? O Luís Barroso continua a ser o teu treinador? E que tipo de trabalho fizeste nesta pré-temporada?
Estou a trabalhar com o Luís Barroso e o Pedro Almeida. Tenho alterado alguns aspetos no swing com o Luis Barroso para conseguir resultados mais consistentes. As mudanças duram a consolidar mas é um processo de que preciso e vai dar frutos.
Foste pai pela primeira vez em 2017. Como geriste em 2018 essa nova situação de uma época inteira com novas exigências de um bebé e de uma carreira que implica muitas ausências? Foi uma adaptação difícil? Sentes que ter sido pai foi de alguma forma positivo para a tua carreira? Ou trouxe-te mais obstáculos?
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