Santa Apolónia: Fora das linhas
Santa Apolónia
Fora das linhas
Frederico Batista, Sibila Lind, Vera Moutinho (vídeo), Sérgio B. Gomes (coordenação) e Dinis Correia (design)
Há um mundo dentro dos muros da estação de Santa Apolónia. No ano em que faz 150 anos, e quando se fala da sua transformação em “espaço verde”, fomos à procura dos que espreitam do outro lado. Percorremos o perímetro da estação e encontrámos alguns dos seus vizinhos. Fora das linhas, o mundo é outro.
Rua dos Caminhos de Ferro
Porque não se queria resignar a educar os filhos num espírito conformista, Basílio Vieira decidiu fazer qualquer coisa: o Movimento Entrada Norte nasceu para enfrentar um obstáculo que se atravessa à frente dos moradores desta zona. Algumas mudanças foram alcançadas mas terão sido as suficientes?
Igreja do Convento de Madredeus
Antes de os carris rasgarem o seu caminho até à estação há 150 anos, já o Convento de Madredeus era veterano nesta área. Ao longo dos séculos mudou de cara e de habitantes. As freiras deram lugar aos turistas, que hoje procuram o Museu Nacional do Azulejo. E o som dos comboios regulares não permite esquecer a vizinha Santa Apolónia.
Largo dos Caminhos de Ferro
Pode ainda baralhar os idiomas, mas Lutã Florin-Marian tem uma frase debaixo da língua: “Me gusta Lisboa, me gusta Santa Apolónia”. Natural da Roménia, e a viver há sete anos em Portugal, não pensa sair do país mesmo estando há algum tempo sem trabalho. Quer ficar para sempre, a viver aquilo que chama de “vida normal”.