Vamos voar?
Vamos voar?
À boleia do Festival Internacional de Balões de Ar Quente, subimos a um balão e sobrevoámos o Alto Alentejo. A meteorologia ajudou: pouco vento, temperatura amena, num Outono que parecia Primavera. Subimos e descemos, vimos casas feitas miniaturas e (quase) tocámos nas folhas das árvores. Lá em cima, o silêncio. Vamos voar?
O balão levanta voo na Zona Industrial de Alter do Chão, às 8h09. A bordo do cesto, seguem 10 passageiros e dois pilotos.
Para controlar a subida do balão, segue-se uma regra simples: o ar mais quente sobe mais que o ar frio. O queimador liberta o calor que permite a ascensão e interrompe por segundos o silêncio da viagem.
A viagem segue já com 2,4km percorridos quando o balão alcança o ponto mais alto da viagem: 1300 metros.
O vento, explicam os pilotos, estava quase perfeito: com alguma variação em diferentes altitudes, permitiu navegar com diferentes rumos.
À 19.ª edição, o Festival Internacional de Balões de Ar Quente junta 36 equipas vindas de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Holanda e Alemanha.
Se as condições meteorológicas ajudarem, as equipas fazem um voo de manhã (6h45) e outro à tarde (14h45). Os passageiros voam gratuitamente, assim haja lugar no cesto.
Duas cordas permitem ao piloto abrir painéis laterais que existem a meio do envelope (a parte principal do balão, que retém o ar quente que lhe permite flutuar).
O ar quente sai através dessas aberturas e o balão faz um movimento de rotação.
Ainda no ar, os pilotos informam a equipa de resgate que está em terra o local onde o balão vai aterrar. É preciso encontrar um espaço amplo.
Aterramos quase 2 horas e 20 km depois.