Façamos de Grândola, Vila Morena o hino nacional

Do que precisamos mesmo é de um hino que nos fale e nos congregue à volta da ideia da fraternidade, do respeito pelo povo e pelos povos, da amizade nas relações sociais.

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É altura de mudar o hino nacional. Gosto da música, há muito que deixei de apreciar a letra. Vem do século XIX, de um tempo em que se afirmavam os nacionalismos, precisamente a ideologia que levou às tragédias da Grande Guerra 1914-18 e da Segunda Guerra Mundial. Não tenho, nunca tive, qualquer vontade de pegar em armas contra quem for, porque considero toda a gente radicalmente igual na condição humana; também não tenho, nem nunca tive qualquer vontade de marchar contra canhões, porque são os canhões, as bombas, os aviões e os drones que matam tantas vidas – em Gaza, na Ucrânia, no Iémen, na Síria, no Nagorno-Karabakh, no Congo, na Líbia e em mais meia centena de lugares do mundo, sempre em nome dos nacionalismos, das etnias ou de outros particularismos.

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