As linhas da liberdade
Até que se pudesse gritar "Vitória!" no Largo do Carmo, em Lisboa, as voltas e os caminhos que a Revolução tomou foram muitos. Uns previsíveis (e planeados), outros nem tanto. Quando se comemoraram os 25 anos do 25 de Abril, em 1999, o ex-jornalista do PÚBLICO Adelino Gomes (um dos repórteres de Abril) trabalhou num suplemento, onde para além de uma notável reconstituição dos factos dos dias quentes da Revolução se revelaram os soldados da coluna de Salgueiro Maia que derrubaram a ditadura. Nessa altura, o PÚBLICO proporcionou o reencontro em Lisboa da maioria desses 240 militares, que fizeram parte da coluna que rumou a Lisboa para derrubar o regime. Fomos ao arquivo rever esse trabalho e demos-lhe outra vida, actualizando dados recentemente vindos a lume, outra vez pela mão de Adelino Gomes e agora também pela objectiva de Alfredo Cunha, um dos fotógrafos de Abril. É o caso da descoberta do cabo apontador que recusou "dar fogo" contra os tanques dos revoltosos na Rua do Arsenal. Chama-se José Alves Costa e foi um dos muitos protagonistas destas linhas da liberdade.
-
Abrantes. Joaquim António Loureiro
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"O 25 de Abril não produziu grandes alterações na minha vida, mas a liberdade de expressão foi útil."
-
Alexandre. Vítor Manuel Castela
Era cabo-miliciano. Comandava uma secção do 6° pelotão.
"Teve imensa importância em termos de liberdade, do fim da guerra e ao nível da vida política nacional. Em tudo."
-
Almada. João Carlos Henriques Teixeira
Era soldado maqueiro.
"Além da liberdade, trouxe-me novas perspectivas de vida."
-
Almeida. Daniel da Silva
Era primeiro-cabo atirador.
"Foi muito importante para mim e para Portugal. Quando aconteceu, foi uma explosão, porque era um alívio para o povo."
-
Almeida. Luis Lopes de
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de cavalaria
"Foi vital para a liberdade, que não existia na altura."
-
Almeida. Mário Delfim Guimarães Tavares de
Oficial do exército. Era capitão de cavalaria (o nº 2 da coluna) e comandava o esquadrão de atiradores.
"Foi o consumar de uma acção em que me empenhei de livre vontade contribuindo para o que se virasse uma página da História contemporânea"
-
Alves. Alfredo de Sá
Era primeiro-cabo escriturário.
"Não só facilitou o fim do guerra nas colónias como possibilitou abrir o país, criar uma sociedade mais desenvolvida com perspectivas de futuro."
-
Amaral. Carlos Augusto Morgado
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi um momento único, um virar de página deste país. A vida agora está mais fácil, especialmente para a juventude. Naquela altura, nem todos comiam bananas..."
-
António. Fernando Marques
Era soldado atirador.
"Significou a liberdade do povo. Agora podemos falar."
-
Araujo. Agostinho Alves de
Era primeiro- cabo com a especialidade apontador de Panhard.
"Foi o dia da liberdade. Antes era muito pior, agora há mais desenvolvimento."
-
Araújo. Carlos Manuel de Melo
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Vivi então um momento ímpar de consonância com a natureza. Foi um acontecimento colectivo e eu só tive a sorte de estar presente."
-
Araújo. Manuel Maria Maiato Raposo
Era primeiro-cabo de morteiro 81.
"Passámos a poder falar, mas não senti quaisquer melhorias. Há mais pornografia, mais maus tratos, mais violência."
-
Assunção. Alfredo Correia de Mansilha
Oficial do exército. Era tenente adjunto do capitão Salgueiro Maia, integrava o comando da coluna.
"Enquanto militar profissional, o mais importante foi ler acabado com a guerra. Importante para mim e para a minha família."
-
Azevedo. Abel Maria Ferreira de
Era soldado com a especialidade de pintor-auto.
"Nunca mais esquecerei os abraços do povo e o seu agradecimento por termos feito a rendição do Governo. Foi inesquecível para mim."
-
Azevedo. Carlos da Silva
Era soldado apontador ele carros combate M-47.
A princípio não sabia muito bem o que íamos fazer, depois soube e gostei muito de ter participado -pela liberdade que trouxe."
-
Azevedo. João António Cristino Taveira
Era cabo-miliciano atirador de cavalaria. Comandava uma secção do 1.º pelotão de atiradores.
"Deu-me condições que não tinha. Pude passar a desenvolver a minha actividade profissional de forma mais livre e menos castrada."
-
Baptista. Casimiro Silva
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi uma reviravolta muito grande, porque deixámos de ser da oposição para podermos ser pessoas livres."
-
Baptista. Manuel Freire
Era soldado atirador.
"Houve uma melhoria geral e passámos a viver de uma forma completamente diferente daquela que se vivia anteriormente."
-
Barbosa. Carlos Alberto Gama
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foram momentos únicos que, por mais que os anos passem, é impossível reflectir em palavras o que sentimos na altura"
-
Barreto. António Sofio Carvalho
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Não entendia rigorosamente nada de política, mas tinha medo de ir para a guerra no ultramar. Essa foi uma das razões que me levou a Lisboa."
-
Barroso. Manuel Ribeiro da Costa
Era primeiro-cabo, desempenhando funções no bar de sargentos da EPC. T
"Foi espectacular, acabar com a PIDE, conseguir a democracia, podermos falar livremente - foi tudo muito importante."
-
Bastos. Carlos Jorge Gonçalves
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi uma página que virámos, com o fim da guerra colonial e a liberdade de expressão."
-
Beato. Carlos Vicente Morais
Era alferes miliciano atirador de Cavalaria. Comandava o 6° pelotão de atiradores.
"Lindo. Emocionante, mesmo. Foi o abrir de caminho a um país até aí de portas fechadas."
-
Brilha. José Manuel Carapinha
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Sair livremente do país, poder falar, mudar de patrão sem complicações eram liberdades que não conhecíamos e passámos a ter."
-
Cabral. Carlos Graciliano de Melo
Era furriel miliciano. Integrava o 2° pelotão Rec. AML-Chaimite.
"Beneficiei, tal como todos os portugueses, à parte ter feito menos nove meses de tropa."
-
Canelas. José António
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"O 25 de Abril, a par do nascimento da minha filha, foi o acontecimento mais marcante da minha vida."
-
Cantante. Joaquim José Bento
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Se foi uma coisa importante para todo o povo, tinha de ser importantíssima para mim, que fui um dos protagonistas do movimento de libertação. É motivo de bastante orgulho."
-
Cardoso. Custódio Manuel Lagarto
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Saboreei intensamente a liberdade. Hoje não seria o que sou, se não fosse o 25 de Abril."
-
Cardoso. Manuel Ribeiro
Oficial do Exército.
Era alferes de cavalaria. Integrava o 2° pelotão Rec. AML-Chaimite. Tem como habilitações o curso da Academia Militar.
-
Cardoso. Nélson Fernando Silva
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 6° pelotão de atiradores.
"Ficou o orgulho de ter participado naquela equipa, o que me marcou para o resto da vida."
-
Carmona. João Manuel Gomes Pereira
Era furriel miliciano. Integrava o 2° pelotão Rec. AML-Chaimite.
"Houve uma melhoria em tudo, mas recordo também a camaradagem e convívio, que me fazem lembrar o 25 de Abril com muita saudade."
-
Carreira. Guilherme da Conceição
Era primeiro-cabo auxiliar de enfermagem.
"Foi a coisa mais maravilhosa que já fiz na vida."
-
Carvalho. José Lampreia
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 2 o pelotão de atiradores.
"Transformou a minha vida, porque foi um momento histórico, de muita emoção, e que determinou uma mudança nas nossas vidas."
-
Carvalho. Vítor Manuel Rodrigues
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 8° pelotão de atiradores.
"Tive a felicidade de participar num acontecimento histórico que pôs fim ao regime de repressão - marcou-me para o resto da vida."
-
Casinhas. Joaquim Monteiro
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Mudou todo o meu futuro. Para além de acabar com a guerra colonial, abriu-me horizontes que até aí não tinha."
-
Coelho. José Amílcar Carvalho
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Permitiu-me participar na construção da democracia e determinou o meu percurso de cidadania e aproximação dos cidadãos."
-
Coelho. Silvestre
Era soldado condutor-auto.
"Significou o fim dos presos políticos, o fim da guerra no ultramar e o direito de falar à vontade. Foi tudo de bom e, em especial, a democracia."
-
Conceição. António Henrique da Silva
Era soldado do serviço de saúde, com a especialidade de maqueiro.
"Senti-me grande. Foi uma mudança total em todos os aspectos que deu uma grande satisfação a toda a humanidade."
-
Constantino. António Manuel Tainha
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 8° pelotão de atiradores.
"Não mudou muito a minha vida, porque nunca me meti em 'politiquices. O país é que deixou de estar estagnado"
-
Constantino. João Maria Figueiras
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Derrubou o regime e deu-nos a liberdade ansiada há muitos anos."
-
Correia. Hélder Aniceto
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 8° pelotão de atiradores.
"O que se viveu na EPC antes, durante e depois foi maravilhoso. Nunca esquecerei e não me inibo de divulgar aos jovens o que era essa época, para que possam comparar."
-
Costa. Álvaro Faria da
Era instruendo do CSM, na especialidade de Polícia Militar.
"Marcou-me para toda a vida; livrou-me de ir para o ultramar e foi muito importante para as gerações que se seguiram."
-
Costa. Justiniano Manuel Sousa da
Era primeiro-cabo condutor de Panhard.
"Deu-me a oportunidade de seguir a vida que queria levar sem ter problemas. E foi importante que 240 homens fizessem a revolução sem ter recorrer às armas."
-
Costa. Manuel Pimenta da
Era primeiro-cabo condutor de Panhard. Tem como habilitações a antiga 4' classe.
"Acho que foi um grande feito na história do país."
-
Luz. Manuel Carreira Bernardes da
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi um marco na História de Portugal. Só quem viveu então é que se apercebe da dimensão das mudanças."
-
Domingues. Luís Jorge Rodrigues
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Importância infinita. Vivemos hoje em liberdade, nós e os nossos filhos, e em melhores condições."
-
Domingues. Victor Manuel Ferreira
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi uma data histórica, na qual tive muito prazer em participar."
-
Duarte. Albertino dos Santos
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 3° pelotão de atiradores.
"Foi uma mudança substancial, um passo para o desenvolvimento e para a democracia, o que era fundamental."
-
Faro. Rui Manuel Gomes
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria. (Tem como habilitações o curso de Engenharia Mecânica.)
"O 25 de Abril foi muito importante e eu tive a sorte de poder participar nele."
-
Fernandes. Fernando de Sousa
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Todos desejávamos a liberdade e a revolução trouxe-nos algo que não tínhamos. A ditadura era tremenda. Tudo mudou para melhor."
-
Fernandes. Hélder Orlando de Jesus Barros
Era cadete do COM a fazer a especialidade de carros de combate Panhard.
"Mudou tudo, mas a nossa geração, a começar por Salgueiro Maia, pagou muito caro o que fez."
-
Fernandes. José Deodato Ferreira
Era primeiro-cabo.
"O importante foi passarmos a poder falar, a reivindicar e o fim da guerra do ultramar."
-
Ferreira. Carlos Alberto da Costa
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi das melhores coisas que me aconteceram na vida. Para além da liberdade que passou a haver, foi o fim da guerra colonial."
-
Ferreira. Egídio Pinto
Era soldado atirador.
"Acabou-se com a ditadura e isso foi muito bom, mas também houve muitos que se aproveitaram depois, sem terem feito o 25 de Abril."
-
Ferreira. Francisco Coelho
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Acabou com a guerra colonial e melhorou a condição social dos portugueses, que viviam num país amordaçado havia 48 anos."
-
Ferreira. Joaquim Bernardo
Era soldado condutor-auto.
"Foi a hora da liberdade, uma alegria muito grande e o tempo em que nos pudemos expandir"
-
Ferreira. Joaquim Ventura
Era soldado condutor-auto.
"Foi uma satisfação para todos, porque fez com que saíssemos de um regime onde não se podia falar."
-
Ferreira. Luís
Era soldado atirador.
"Pusemos fim a um regime de repressão e por isso valeu a pena."
-
Furtado. Artur Pereira
Era primeiro-cabo tripulante de Chaimite.
"Foi um grande dia para mim e para Portugal, que saiu do regime em que estava"
-
Gabriel. António Manuel Ribeiro
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Havia muita falta de liberdade. Era compreensível haver uma revolta muito grande, pois não nos podíamos manifestar abertamente."
-
Gaudêncio. Manuel Salvador
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"O 25 de Abril foi decisivo na mentalização que operou na minha vida."
-
Gomes. José Carlos Gaspar Martins
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Quem viveu no medo anterior soube sentir muito o 25 de Abril, principalmente pela liberdade que conquistámos."
-
Gomes. Maximino Lopes
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi uma passagem de uma era para outra e que marcou a nossa juventude"
-
Gonçalves. Afonso Henrique
Era primeiro-cabo, com a especialidade de apontador de AML-Panhard.
"O 25 de Abril foi uma coisa muito boa."
-
Gonçalves. António Guilherme de Sousa
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Era muito novo e ainda não me tinha apercebido das dificuldades, mas sei que sem o 25 de Abril tudo seria bem pior."
-
Gonçalves. António Hermenegildo Nóbrega
Era furriel miliciano. Integrava o Iº pelotão Rec.-EBR.
"Com a liberdade e a abertura do país senti -me muito melhor a todos os níveis."
-
Gonçalves. Fausto José Pires Torres
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de Polícia militar.
"Foi a página mais importante da minha vida. Foi uma mudança completa e ter participado dá-me a maior alegria."
-
Gonçalves. José João Lourenço
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"À tristeza que sentíamos pela situação do país seguiu-se uma enorme alegria, pelo fim da guerra e pelas oportunidades que se abriram."
-
Graça. David Santos
Era primeiro-cabo apontador de Chaimite.
"Para mim foi bom a todos os níveis."
-
Graça. José Manuel Pinto
Oficial do Exército. (Era alferes de Cavalaria. Comandava o 5° pelotão de atiradores.)
"A aventura sempre foi inerente ao povo português, desde os Descobrimentos, e o 25 de Abril é um sonho que continua."
-
Heitor. Manuel Nobre de Matos
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"O país começou uma vida nova. Foi bom para Portugal tanto a nível interno, como a nível externo."
-
Hilário. Custódio Nunes
Era soldado atirador.
"É um orgulho, um dia de festa. Mas na minha vida nada mudou, tenho levado muita cacetada."
-
lharco. João José Pinheiro da Costa
Era furriel miliciano de transmissões. Integrava a secção de comando da coluna.
"Foi tudo e mais alguma coisa. Uma volta completa na vida do país, desde o fim da guerra, do medo e da repressão à liberdade."
-
Jardim. Fernando de Sousa
Era soldado condutor-auto.
"Deixámos de andar tão apertados, conseguimos a liberdade, passámos a ganhar um pedacinho mais. Gostei muito de ter participado."
-
Jesus. Liberal Soares de
Era primeiro-cabo escriturário.
"Acabou-se com a repressão e veio a liberdade, muito importante para mim, mas sobretudo para os meus filhos."
-
Jesus. Martinho José Coelho de
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Quem viveu antes, depois e agora só por maldade é que não reconhece esta mudança maravilhosa. A minha vida mudou radicalmente."
-
Laranjeira. António José Leal dos Santos
Era aspirante a oficial miliciano. Seguia na viatura civil que abria a coluna.
"Começou por ser uma revolução militar, acabou como uma revolução nacional. Em inevitável, estava tudo tão podre."
-
Lebreiro. Paulo Jorge Villas-Boas
Era cabo-miliciano. Integrava a secção de comando da coluna.
"Foi abrir um país completamente novo, mais europeu. Foi uma mudança do dia para a noite... ou antes da noite para o dia."
-
Leitão. César Morgado
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Hoje fazia outra vez, se fosse necessário. Só pelo facto de termos terminado uma guerra injusta já teria valido a pena."
-
Leite. Alcides Leonel Teixeira Nunes
Era instruendo do CSM.
"Valeu a pena ter feito a revolução, apesar de alguma confusão que se seguiu. Antes não se podia fazer nada, nem falar."
-
Lemos. Augusto Duarte Sousa
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de carros de combate M-24.
"Serviu para tornar Portugal num país democrático como os outros países que conhecia na Europa."
-
Lopes. Francisco Joaquim
Era primeiro-cabo escriturário.
"Foi determinante em termos profissionais e no aspecto ideológico."
-
Lopes. Nelson Gonçalves
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Modificou todo o sistema e deu-nos uma outra maneira de estar na vida. Passámos a poder viver e a conviver um bocadinho mais."
-
Lopes. Vasco Ferreira Andrade
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Foi uma boa jogada, porque na altura não estava preparado para fazer o que fizemos e acabou por correr tudo bem."
-
Loureiro. Carlos Alberto Évora Maia de
Era alferes miliciano. Integrava o Iº pelotão de Rec.-EBR.
"É com muito orgulho que recordo o meu modesto contributo para o derrube de um regime autoritário e caduco. Embora não tenha concordado com muito do que se passou depois, tenho a certeza de que valeu a pena."
-
Lourenço. Orlando Miguel Ribeiro
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"A maior importância que teve foi a da liberdade para mim e para todos."
-
Louriceira. Humberto Neves
Era soldado condutor de Chaimite.
"Pessoalmente não beneficiei com o 25 de Abril. A democracia foi boa para muitos, mas cometeram-se erros, em particular na descolonização"
-
Lutas. Custódio Manuel dos Santos
Era furriel miliciano. Integrava o 1º pelotão Rec.-EBR.
"Na altura talvez não sentisse a importância. Depois foi-se tornando importante, porque a liberdade e a democracia se foram consolidando."
-
Macedo. Filipe Gonçalves de Sousa
Era cadete do COM a fazer a especialidade de reconhecimento.
"Foi importante para mim ter participado, conscientemente, num golpe que pretendia mudar a situação do país. E por perseguir aquele espírito de pureza é que voltei a participar no 25 de Novembro."
-
Machado. António Ventura
Era instruendo do CMS a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Permitiu-me a realização de certos investimentos e empreendimentos que sem o 25 de Abril talvez não tivesse conseguido."
-
Magalhães. José Vieira
Era soldado atirador.
"Foi uma coisa muito boa para mim e penso que para toda a gente."
-
Marcelino. Miguel João de Oliveira Sequeira
Oficial do Exército. (Era alferes de Cavalaria. Comandava o Iº pelotão de atiradores.)
"Foi mais uma aventura do que outra coisa. Eu era um miúdo e cumpri as ordens do meu comandante."
-
Marques. António Correia de Oliveira
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 4° pelotão de atiradores.
"Foi muito importante na minha vida e teve múltiplas repercussões. Recordo-o com muita emoção."
-
Marques. António Manuel Ferreira
Era soldado condutor.
"Foi um grande feito, mas ainda estou para ver no que isto dá - não soubemos dar continuação à revolução."
-
Marques. Francisco José Correia
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de Cavalaria.
"Não sei o que seria, se não fosse o 25 de Abril. Se calhar um estropiado de guerra. Alterou o rumo e marcou o meu percurso pessoal e profissional"
-
Martins. Maximino Ferreira
Era primeiro-cabo atirador. Tem como habilitações a antiga 4ª classe.
"Foi uma coisa nova que me aconteceu. Cresci numa aldeia e nada sabia de política e para mim mudou um bocado."
-
Martins. Miguel
Era 1º cabo condutor de AML. ("Era um país com muitas dificuldades, fechado e agora já pode ter orgulho de ser uma democracia ao nível de outros países da Europa.")
-
Martins. Rogério Oliveira
Era soldado condutor-auto.
"Foi o fim da guerra colonial, a libertação dos presos políticos e a liberdade de expressão. Foi uma grande emoção."
-
Mata. António José Nunes
Era cabo-miliciano. Comandava uma secção do 1º pelotão de atiradores.
"Aconteceu tudo na maior e foi tão importante que nunca mais esquecerei. Tudo está modificado para melhor."
-
Mata. Daniel Gomes
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Significou uma mudança de regime, mas na altura muitos de nós não pensávamos nisso. O mais importante era não ir combater no Ultramar."
-
Matos. José Maria Barnabé Guerreiro
Era instruendo do CSM a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi um dia muito especial, um dia mágico."
-
Matos. Júlio de Oliveira de
Era furriel miliciano. Integrava o 3° pelotão Rec.-Misto.
"Mudou tudo, acabou o regime que estava, provocou muitas alterações e houve mais liberdade"
-
Medeiros. Luís Miguel de Negreiros Morais de
Era alferes de cavalaria. Comandava o 4° pelotão de atiradores.
"O mais importante em termos pessoais foi não ter ido à guerra. Mas o fundamental foi a conquista da democracia".
-
Mendes. Adaíl Lopes
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 5° pelotão de atiradores.
"A importância do 25 de Abril foi toda."
-
Mendes. Francisco Fernando de Moncada de Sousa
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Foi um dia cheio de emoção. Para quem viveu o 'antigamente', teve um significado muito especial e a juventude, hoje, não se apercebe disso."
-
Mendes. Francisco da Ressurreição
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Significou mudança, e tudo o que seja mudar para melhor é sempre bom."
-
Mendes. João Luís Severiano
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Provocou uma reviravolta na minha vida. O meu destino era seguramente a Guiné, não fora o 25 de Abril ter posto fim à guerra."
-
Mendonça. Fernando Manuel Meneses
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Foi um selo, um carimbo, que nunca mais será esquecido. Significou a liberdade do povo se poder manifestar. Foi um prazer participar."
-
Morais. José Fernando Trindade
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
.
-
Moreira. Fernando Alberto Martins
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi um mudar radical de tudo para melhor."
-
Moreira. José Fernando Freire
Era 1º cabo apontador de AML.
.
-
Moura. António Manuel Filipe de
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Teve sobretudo importância para a vida do país, com todas as transformações que provocou. E, de todas elas, destaco a liberdade."
-
Moura. Carlos Manuel Piedade
Era soldado condutor-auto.
"Tudo se passou normalmente, sem feridos nem mortos e isso foi muito bom. Deram-nos um bocadinho mais de liberdade. A minha vida melhorou."
-
Neto. António Malho Neves
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 4° pelotão de atiradores.
"Para mim, não foi benéfico porque, por ter participado no 25 de Abril,
-
Nogueira. Arménio Augusto Cruz
Era Iº cabo, com a especialidade de condutor Panhard.
"Foi a liberdade para os militares e para os civis, para pelo menos podermos pensar pelas nossas cabeças."
-
Nunes. Alfredo Manuel do Nascimento
Era instruendo do CSM.
"A vida ficou bem melhor do que era antes."
-
Nunes. Carlos Ribeiro
Era 1º cabo condutor de Panhard.
"Na minha vida não modificou muito, só que foi bom em termos de liberdade. Antes ninguém podia piar e depois passámos a poder dizer o que sentíamos e pensávamos."
-
Nunes. José Carlos Santos Aguilar
Era cadete do COM.
"Foi um dos dias mais importantes da minha vida."
-
Oliveira. Agostinho da Silva
Era soldado condutor de carros de combate.
"Trouxe a liberdade que não havia antes, que eu já conhecia do país para onde havia emigrado."
-
Oliveira. António João Martins de
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 2° pelotão de atiradores.
"Foi determinante para a evolução do país. Houve maior abertura e mais possibilidades para todos."
-
Oliveira. Artur Martins
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"A alegria foi tal que, até hoje, nunca mais senti uma coisa assim. Pudemos sentir no corpo o nascimento da liberdade."
-
Oliveira. Augusto José Calado de
Era aspirante a oficial miliciano. Seguia na viatura civil que abria a coluna.
"Mais importante foi permitir a divulgação de novas ideias a outros e possibilitar uma outra vida."
-
Oliveira. Jaime Bettencourt de
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Pudemos tirar de dentro de nós tudo o que sentíamos. Foi muito bom ter contribuído para trazer a liberdade a todos os portugueses."
-
Oliveira. João Gabriel Pereira de
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Deu-nos a liberdade de fazermos e dizermos o que tínhamos na alma."
-
Oliveira. João Maria Mota de
Era aspirante a oficial miliciano. Seguia na viatura civil que abria a coluna.
"Foi uma grande alegria, o retomar do processo normal. Sim, porque vivíamos na anormalidade."
-
Oliveira. José Afonso Pedrosa de
Era alferes miliciano. Integrava o 3° pelotão Rec.-Misto.
"Passei a viver com uma esperança diferente, a olhar o futuro de uma maneira mais optimista e mais livre."
-
Palhinhas. Francisco José dos Santos
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Mudou a nossa vida e acima de tudo repôs a liberdade que andava arredada há muitos anos."
-
Peniche. Victor Manuel Gomes
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Tudo mudou, devagar, mas para melhor. Vinte e cinco anos depois são visíveis as transformações que provocou na sociedade."
-
Peralta. António Manuel Moreira
Era instruendo do CSM, a tirar a especialidade de carros de combate M-47.
"Foi uma data histórica porque derrubou a ditadura e eu tive a felicidade enorme de poder pertencer à coluna do capitão Salgueiro Maia."
-
Pereira. Armando Manuel Marques
Era soldado atirador. Tem como habilitações a antiga 4ª classe.
"Foi uma viragem grande na política portuguesa. Se não fosse o 25 de Abril, ainda estávamos pior do que estamos."
-
Pereira. Carlos Alberto Gonçalves
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Representou para mim e para todos a liberdade, o fim da guerra colonial e deixarmos de ser carne para canhão. Abriu-nos as portas para outro futuro"
-
Pereira. José Joaquim de Jesus
Era soldado com a especialidade de Fox.
"Continuei a ser o que era e nunca me meti em política. Nada mudou na minha vida, além de passarmos a ser mais livres e a ter mais regalias."
-
Pereira. José Manuel de Carvalho Clímaco
Era alferes miliciano. Integrava o pelotão Rec.-EBR.
"Foi muito importante a liberdade ganha e a passibilidade que todos temos de andar para a frente. Era tudo limitado e os horizontes reduzidos"
-
Pereira. Manuel Jorge Henriques
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi uma coisa muito boa, porque era aquilo que todos queriam, a começar por mim próprio."
-
Pereira. Vasco Maria Pacheco da Câmara
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Senti-me extraordinariamente orgulhoso quando vi o apoio do povo e senti que era mesmo necessário vir para a rua."
-
Pimpão. José Júlio Simões
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Tudo correu bem, de forma a que nos podemos todos reunir para comemorar."
-
Pires. Humberto Fernando dos Santos
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Era muito complicado viver-se neste país. Depois tudo melhorou."
-
Prates. António da Silva
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"O 25 de Abril na minha vida foi tão importante como foi para todos os portugueses."
-
Proença. José Silveira
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Desenvolveu-se o país, fez-se a democracia e passou a haver liberdade de expressão."
-
Ramilo. Álvaro Manuel Graça Soares
Era soldado com a especialidade de apontador de chaimite.
"Foi um acontecimento extraordinário e único. Uma emoção e um entusiasmo muito grande para quem tinha 24 anos."
-
Raposeiro. Augusto Alberto Bento
Era furriel miliciano. Integrava o 2° pelotão de Rec.AML-Chaimite
"A revolução significou a tentativa de realizar um sonho, de satisfazer os desejos dos portugueses de paz, pão e liberdade. Muitos ainda não o têm, o que me deixa muito contristado."
-
Ribeiro. Álvaro Cristiano Nunes
Era instruendo do CSM.
"Primeiro acabou um dos traumas que era a guerra e depois trouxe a liberdade de expressão."
-
Ribeiro. António Manuel
Era alferes miliciano. Comandava o 3° pelotão de atiradores.
"Foi importante para todos - o país evoluiu, com mais abertura e a possibilidade de se expor os problemas.•
-
Ribeiro. Avelino Catanho
Era soldado condutor auto.
"Valeu bem a pena participar num momento que transformou o país."
-
Rocha. Diogo Ventura
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Deixámos de ir para o Ultramar, deu-nos a liberdade e a possibilidade de participar e de ter uma vida completamente diferente."
-
Rodrigues. António José Alves
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 6° pelotão de atiradores.
"O 25 de Abril foi um recomeçar da vida."
-
Rodrigues. Luís Filipe Carronda
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 5" pelotão de atiradores.
"Quem viveu o 25 de Abril nunca mais esquece. É um sentimento que me tem acompanhado ao longo da vida. Mudou o país e mudámos nós todos"
-
Rodrigues. Mário
Oficial do Exército. Era alferes de cavalaria. Comandava o 7º pelotão de atiradores. Tem como habilitações o curso da Academia Militar.
.
-
Salvador. Luís Leonel Teixeira
Era instruendo do CSM, a fazer especialidade de Polícia Militar.
"Representou a mudança radical do país. O fim da guerra colonial."
-
Sampaio. José António Freire Alves
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Em termos pessoais, o 25 de Abril não me trouxe benefícios, mas em termos gerais e de liberdade para todos a mudança foi total."
-
Sampaio. José Manuel Duarte
Era aspirante a oficial miliciano. Integrava o 1º pelotão Rec.-EBR.
"Foi o alimentar da esperança de uma nova vida, depois de alcançada a liberdade que estava condicionada e posto fim à guerra injusta."
-
Santos. João José Baptista
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Foi um marco histórico. Vivíamos num estado que não era estado nenhum. Se houve coisas que de início não correram bem, a pouco e pouco vamos chegando lá."
-
Santos. João Manuel Ramos dos
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Para mim foi bom e para Portugal foi das melhores coisas que podia ter acontecido, porque libertou-nos daquele fascismo horrível."
-
Santos. Júlio Gabriel dos
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 5° pelotão de atiradores.
"Tal como aos portugueses, trouxe-me a liberdade pela qual fui até Lisboa. Ganhámos o direito de reivindicar, obtivemos melhores condições de vida"
-
Saquete. José Manuel Leonardo
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
.
-
Semião. Vítor Manuel Bento Coelho
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Houve mais qualidade de vida e, em termos profissionais, também melhores condições, nomeadamente ao nível das regalias."
-
Sena. António José Mendes
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do pelotão de atiradores. Curso de Debuxador.
"Foi o resultado de um grande homem que se chamava Salgueiro Maia e que aderiu completamente à causa, talvez sem saber o que o esperava.
-
Serôdio. Fernando Manuel Conceição
Era soldado atirador.
"Transformações houve, mas não a nível pessoal. Nunca tinha sido apertado pela PIDE ou pela repressão do regime."
-
Silva. António Manuel Soares Marques da
Era cadete do COM, a fazer a especialidade AML/VBL.
"Foi muito importante para o país, que era muito fechado. Houve mais alegria de viver e eu próprio me tornei mais dialogante."
-
Silva. António Norberto Aleixo da
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Foi uma baforada de ar fresco que marcou a história do país e que mexeu muito com as pessoas. Valeu a pena."
-
Silva. António Sousa e
Era tenente miliciano. Comandante do 8º pelotão de atiradores.
"Foi a maior alegria da minha vida."
-
Silva. Gaudêncio da
Era soldado atirador.
"Deu-nos liberdade para nos reunirmos neste aniversário."
-
Silva. Henrique Artur de Almeida Gonçalves da
Era furriel miliciano. Integrava o 1º pelotão Rec. -EBR.
"Foi marcante à data e ainda hoje. Modificou a minha vida porque acabou a repressão e a guerra no Ultramar. Começou a poder-se falar. Vive-se melhor."
-
Silva. Jorge Manuel Pinto Bandeira da
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi muito importante e alterou muito a minha vida. Não sei o que teria sido se não fosse o 25 de Abril."
-
Silva. José Francisco Higino
Era soldado condutor-auto.
"Foi bom pela liberdade e sobretudo para os nossos filhos, que deixaram de dar a vida na guerra das colónias."
-
Silva. Manuel Augusto Correia da
Era furriel miliciano. (Integrava o 2º pelotão Rec. AML-Chaimite.)
"Foi um dos momentos mais importantes na história portuguesa. Acabou a guerra colonial e a partir daí tivemos um país livre."
-
Silva. Manuel Augusto da Costa Filhó
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de reconhecimento Panhard.
"Abriu-me as perspectivas do mundo, voltámos o ser cidadãos do mundo e Portugal abriu -se a todas as correntes culturais, civilizacionais e económicas."
-
Silva. Rui Borges Santos
Oficial do Exército. Era tenente, comandante do esquadrão de Reconhecimento Blindado da coluna.
"É notório a evolução do país. Permitiu que Portugal venha o ter as mesmas condições que os outros países da Europa."
-
Silva. Sebastião José Martins de Castro
Era furriel miliciano. Integrava o 1º pelotão Rec.ETT.
"Teve para mim a importância que teve para todos os portugueses, que conseguiram nesse dia a liberdade."
-
Silveira. Ângelo Manuel Alpalhão
Era instruendo do CSM (atirador de cavalaria).
"Deu-nos liberdade. De resto, ficou tudo na mesma. O povo não mudou e é tudo para uns e nada para os outros."
-
Simas. António Francisco Guedes Patrício
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Tal como a análise dos chineses em relação à revolução francesa, 25 anos representam muito pouco para se poderem tirar conclusões históricas"
-
Simões. Augusto José Branco
Era cadete do COM, a fazer a especialidade AML/VBL.
"O restabelecimento da liberdade e a nossa individualidade começou a ser respeitada de uma vez por todas. Depois passou a existir a liberdade de oportunidade para todos."
-
Simões. Feliciano Paulo Franco
Era cabo-miliciano. Comandava uma secção do 4° pelotão de atiradores.
.
-
Soares. Egas Pereira Araújo
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi a libertação da opressão - que senti na pele, enquanto estudante."
-
Soldado. Jerónimo Antunes
Era cadete do COM a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Consegui realizar objectivos que sem a revolução não teria conseguido, designadamente o acesso ao ensino."
-
Sousa. Brás Rodrigues de
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Quase tudo mudou no país. Foi uma reviravolta na ditadura, a vitória do povo e a derrota do fascismo"
-
Sousa. Manuel António Ribeiro Sevinate de
Era furriel miliciano. Comandava uma secção do 2° pelotão de atiradores.
.
-
Tavares. António Luís Real
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Na altura talvez não me dissesse nada, hoje já me diz muito porque mudou isto totalmente. Acho que valeu a pena."
-
Teimas. Amorim Manuel Ameixeira
Era soldado com a especialidade condutor-auto.
"Houve coisas más e coisas boas, como a libertação dos presos políticos, sujeitos a maus tratos só porque exprimiam o seu pensamento."
-
Teixeira. Natalino Fernandes
Era instruendo do CSM.
"Acabou com o regime fascista, deu início à liberdade e a uma democracia, que, ao longo dos anos, se foi consolidando."
-
Teles. Victor Manuel Martins
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Polícia Militar.
"Foi um motivo de muito orgulho para mim ter participado na revolução, porque correspondia à tradição antifascista da minha família."
-
Telles. Francisco Maria de Sousa Ribeiro
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de Policia Militar.
"Adquiri o bem da democracia, pelo qual os meus pais e os meus sogros lutaram toda a vida."
-
Tomás. António José Raminho Filipe
Era cabo-miliciano. Comandava uma secção do I o pelotão de atiradores.
"Foi uma coisa da maior importância para a minha vida, como o foi para todos os portugueses. Abriu uma vida nova para este país."
-
Tomás. Cândido Moiteiro
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Devolveu-se aos portugueses tudo a que tinham direito a nível político, militar e social."
-
Travassos. José Morais
Era instruendo do CSM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"Estava condenado a ir para as províncias ultramarinas e com o 25 de Abril ficámos livres dessa guerra. Houve a liberdade para os civis."
-
Vasconcelos. Eduardo Luís de Sousa Ornelas e
Era cabo-miliciano. Comandava uma secção do 7º pelotão de atiradores.
"Senti uma euforia enorme com o fim da guerra e a restauração da democracia. Depois, fiquei desiludido com a anarquia que se seguiu e que deturpou completamente o espírito do 25 de Abril."
-
Vasques. António Carlos Espírito Santo
Era instruendo do CSM, especialidade de Polida Militar. Curso liceal.
"Na minha vida profissional nada beneficiei, fui mobilizado para Timor e estive dois anos desempregado. Os benefícios sentiram-se socialmente."
-
Vicente. António José Santos
Era cadete do COM, a fazer a especialidade de atirador de cavalaria.
"A liberdade que trouxe foi boa para os meus filhos, até pela maior facilidade no acesso ao ensino."
-
Vicente. José Francisco Sousa
Era soldado.
"O mais importante foi a liberdade que trouxe para mim a para todos os portugueses."
-
Vieira. Carlos Manuel de Sousa
Era soldado apontador Daimler.
"Foi um acto bom, mas depois mal trabalhado. A descolonização foi feita e houve muitos oportunistas que causaram distúrbios."
-
Bernardo. Joaquim Manuel Correia
Oficial do Exército. (Era capitão, ficou no comando da EPC. como oficial de operações.)
"Uma consolação muito grande por ter colaborado na mudança do país. Vi uma alegria na população que julgava não existir, no país de tristeza que era antes do 25 de Abril"
-
Correia. António Manuel Garcia
Oficial do Exército. Era capitão, responsável pelo dispositivo de defesa da cidade de Santarém.
"A liberdade reencontrada pelo povo português foi, para mim, o bem máximo, porque só ela, usada dentro dos parâmetros culturais da civilização europeia e ocidental em que Portugal se inscreve, permite o desenvolvimento acelerado e homogéneo da cultura, da economia, da tecnologia e do bem estar dos cidadãos."
-
Ferreira. Rui da Costa
Oficial do Exército. Era major e assumiu o comando da EPC na noite de 24 para 25 de Abril.
"Foi o dia da libertação, um dia de muita responsabilidade, mas que mereceu a pena."
Ficha Técnica
Suplemento "25 de Abril – Os 240 Que Prenderam Caetano" (Publicado em 25 de Abril de 1999)
- Director
- José Manuel Fernandes
- Directores-adjuntos
- Adelino Gomes, Nuno Pacheco e José Queirós
- Consultor
- Carlos Beato
- Editor
- João Fragoso Mendes
- Infografia
- Célia Rodrigues, Cristina Sampaio (editora) e João Lázaro
Cronologia
- Jornalista
- Adelino Gomes
- Infografia
- Célia Rodrigues e José Alves (esquematização)
- Webdesign
- Dinis Correia
- Fotografia
- Alfredo Cunha
- Edição
- Sérgio B. Gomes e Vera Moutinho
- Coordenação
- Joaquim Guerreiro
- Digitalização
- Bruno Esteves
- Registos sonoros e vídeográficos
- Arquivo RTP, Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, Associação 25 de Abril. Excertos do disco "Diário da Revolução/1974": reportagem de Pedro Laranjeira e Adelino Gomes; Paulo Coelho (repórter de apoio); Barbara Skolimowska (logística no terreno); Sassetti (edição em disco, Maio 1974).