“Não tínhamos as métricas das melhores startups da Europa”, resume o fundador, referindo-se aos números para os quais os investidores olham e que justificam a entrada do capital. “No início do Verão, não tínhamos Alemanha, nem França. Espanha ainda não era o mercado principal”, acrescenta. Naquela altura, diz, talvez tivessem conseguido cerca de cinco milhões. Recorda que, por volta de Maio ou Junho, pensou: “Fechamos agora [a ronda de investimento] e continuamos neste caminho medíocre”. Mas havia confiança. “Sabíamos que em Setembro a história ia ser diferente.”

O crescimento acelerado que se seguiu é descrito como “uma loucura”. Para além da expansão para novas cidades, foi preciso muito trabalho de persuasão junto dos investidores. “Estamos a falar de conversas de mais de 50 horas com um investidor”. Um ponto essencial é conseguir dar respostas a perguntas inteligentes, diz Miguel Santo Amaro. “Se eles acham que tens a mínima dúvida, saltam. As pessoas que te põem milhões na mão são exigentes.”