Dilemas da Europa

Antes do momento de escolher, é importante analisar o que está em jogo. E isso define-se também por aquilo que nos trouxe até aqui e que constituem alguns dos mais importantes dilemas da Europa. Que modelo político? Com que objectivos? E com quem? Qual o papel de cada um dos países? E da moeda única? Neste espaço, os principais dilemas europeus vistos à lupa.

  • Austeridade no Estado, contenção nos salários e flexibilização dos mercados foram as opções da Europa para se tornar competitiva. Mas poderá o modelo alemão resultar para todos?

  • O Tratado de Lisboa criou dois novos cargos, a somar à Comissão Europeia: o presidente do Conselho Europeu e o alto-representante da Política Externa e de Segurança. Cinco anos depois, o risco de fragilizar o presidente da Comissão confirmou-se. Com alguma ajuda de Barroso. Já há atendedor de chamadas, mas as opções ainda são várias.

  • Proposto há 60 anos como ideal para a Europa, o federalismo saiu de moda mas mantém fiéis em todo o continente. Mas há um problema prévio: nunca se sabe bem do que se está a falar.

  • Desde a queda do Muro de Berlim, o mundo deu muitas voltas. A Europa, virada sobre si mesma e distraída com as suas próprias contradições, não prestou atenção a nenhuma. A Ucrânia fê-la regressar ao ponto de partida. O mundo olhará para ela em função do que acontecer em Kiev.

  • Contribuição do Tratado de Lisboa foi apontar tendência que se confirmou na crise da dívida: intergovernamentalização progressiva da UE, com decisões cada vez mais tomadas pelos governos — em que os maiores dominam — e cada vez menos pelas instituições comunitárias.