Terceira: Aos nossos pés, uma manta de retalhos

Chamam-lhe manta de retalhos e cedo se percebe porquê. O moderno miradouro despega-se da serra do Cume para nos deixar a levitar sobre um quadriculado de todos os verdes possíveis, pedaços de terra que se cosem uns aos outros por linhas e linhas de cerrados (típicos muros de pedra vulcânica).

Não haveria, de facto, nome que assentasse melhor a esta vista: uma vasta manta de retalhos de cultivo e de pastagens para o gado, que vai aconchegando cada ruga do terreno numa panorâmica de 180º, desde o fio de oceano à esquerda aos pequenos domos vulcânicos em frente até às serranias que levantam o horizonte à direita. É paragem turística obrigatória em passeio pela ilha e um dos seus postais ilustrados mais afamados.

A estrada que contorna o topo da serra vai seguindo junto a alguns dos bunkers ali escavados no contexto da Segunda Guerra Mundial, entretanto deixados ao abandono (à excepção de dois, reconvertidos para apoio às antenas de telecomunicações ali instaladas), até se abrir de novo em panorâmicas, agora sobre a Praia da Vitória.

A segunda cidade mais importante da ilha surge aninhada lá em baixo, os dois icónicos molhes portuários num abraço ao mar; o aeroporto e a base militar das Lajes um pouco mais à frente.

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Nuno Ferreira Santos