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Saveiro - Ria Formosa: O meu barco é menor que o teu
Colear entre cordões de dunas num barco de cinco metros que antes deu choco e cavala a muitas bocas não é coisa que se repita ao acaso pelos 18 mil hectares da ria Formosa. Todos — mas não mais do que oito — a bordo do saveiro algarvio, à corda das marés.
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Galeão – Rio Sado: Cresceu o arroz, passou o sal
Em Alcácer do Sal, os galeões ainda se impõem no rio como senhores das marés. Mas o transporte ofegante do mineral que deu o nome à terra foi transformado em passeios que deixam ver golfinhos e pontes de ferro. A Fugas foi ao Sado, entre camponeses e pescadores.
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Bote e varino – Rio Tejo: A chama está acesa, vamos à vela
O Tejo será o rio com maior circulação de embarcações tradicionais. Do Seixal a Alcochete, passando pelo Barreiro e pela Moita e subindo até Vila Franca de Xira, são várias as autarquias que apostaram em varinos e botes. A Fugas estreou-se a bordo de um Leão e prosseguiu para um passeio industrial.
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Barca - Rio Zêzere: De cápsula pela floresta
No Parque Fluvial da Lavandeira, concentram-se os mergulhos, a música de praia, a festa das crianças. E é daqui que sai a barca encomendada pela Junta de Freguesia, a alimentar as raízes de Janeiro de Cima. Do rebuliço do Verão para uma cápsula do tempo, Zêzere acima.
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Bateira - Ria de Aveiro: Na rota do alheio
No distrito de Aveiro, ainda se pode fugir à rota urbana dos moliceiros e ovos moles para encontrar ninhos de gaivotas e caranguejos que picam os pés. São as voltas da bateira pelos contornos murtosenses da ria.
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Rabelo - Rio Douro: A aldeia que flutua
Como em todas as aldeias do Douro, também no rabelo Senhora da Veiga a festa começa com o brinde, passa pelo prato e termina no baile. Este não é o barco do amor, mas dá um embalo.
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Água-arriba - Rio Lima Rio abaixo num água-arriba
Dizia-se que quem ousasse atravessar o rio Lethes (hoje Lima) perderia de pronto a memória, enfeitiçado pela sua beleza. Mas desde que o água-arriba voltou a estas correntes de lampreia, em 2009, o movimento foi o inverso. Lanheses voltou a lembrar-se do que é.
Por este rio acima
De saveiros a galeões, fomos passear em embarcações típicas portuguesas, na descoberta da água doce, do Algarve até ao Minho.