Governo promete diálogo com todos e esquerda já exige mais ao PS
Executivo fala em compromissos mas não evita atirar farpas à direita, que quer eleições se os acordos com Bloco, PCP e PEV falharem.
Executivo fala em compromissos mas não evita atirar farpas à direita, que quer eleições se os acordos com Bloco, PCP e PEV falharem.
Presidente da República usou tomada de posse do XXI Governo Constitucional para lembrar que pode recorrer ao veto. António Costa serviu-se da cerimónia para reconhecer o Parlamento como seu verdadeiro juiz.
Segundo executivo de Passos Coelho fica para a história como o mais curto de sempre no Portugal democrático e como aquele que concretizou a venda da TAP.
António Costa desenhou um Governo com 17 ministros, quatro dos quais mulheres. Eis os perfis.
O que António Costa fez depois da noite eleitoral de 4 de Outubro é mais do que um simples ajustamento. É uma pequena revolução que criou espanto e pavor nos militantes da ortodoxia política estabelecida em 40 anos de regime, da qual o Presidente da República é o máximo representante.
Para 17 ministérios, foram nomeados 41 secretários de Estado. Veja quem são.
Ciência, Planeamento, Mar e Cultura são áreas da governação que já tiveram dignidade ministerial e agora voltam a ter. O Ambiente, sozinho num ministério, traz uma dúvida e uma certeza.
A partir de 1 de Janeiro muitos portugueses vão sentir um aumento do seu rendimento disponível. Em relação ao que isso significa para os resultados orçamentais no final, as opiniões dividem-se.
Foi um dia “histórico”. Para toda a gente. O Parlamento dividiu-se em dois, e as ruas em frente também. A esquerda teve de combinar os aplausos. A direita inventou palavras de ordem. No fim, o Governo caiu, o sistema electrónico falhou e Passos prometeu “continuar a lutar".
Presidente da República acusa partidos de obedecerem a “interesses conjunturais” e considera muito mais graves as consequências “de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas”, aludindo ao eventual acordo entre PS, BE e PCP.
Em Melgaço, grande parte dos não votantes é residente em França.
PSD/CDS perdem estabilidade da maioria absoluta, mas assumem direito a ser Governo. PS perde as eleições e já tem seguristas a pedir congresso extraordinário. A surpresa da noite foi a subida do BE.
A 10 de Novembro de 2015, António Costa assina com Catarina Martins, Jerónimo de Sousa e Heloísa Apolónia os acordos parlamentares que lhe garantiram quatro anos como primeiro-ministro e inovaram a geometria de alianças partidárias em Portugal. Tudo porque o maior opositor a esta solução de governo, Cavaco Silva, o exigiu.
Mais de metade dos membros do Governo nasceram fora de Lisboa e seis nasceram mesmo fora do país.
Soajo e Pardais têm uma relação diametralmente oposta com as eleições. Na primeira localidade, no norte do país, a abstenção bate recordes. Mais a sul, na alentejana aldeia de Pardais, vota-se como em nenhum outro sítio de Portugal. PSD e um grupo de independentes lideram as juntas de freguesia.
Ao contrário do que António Costa disse no debate com Rui Rio, a líder do Bloco já tinha colocado três condições aos socialistas para “conversar sobre um Governo” para “salvar o país” duas semanas antes das eleições.
Partido reduziu a sua actividade na campanha eleitoral a duas iniciativas por dia. Arranque será em Lisboa e encerramento no Porto. Também o CDS vai ter uma campanha mais leve.
O duelo entre o líder do PCP e o do PS marcou o arranque dos debates televisivos. Comparando com as últimas legislativas, houve mais telespectadores, mas em 2015 o primeiro debate foi transmitido por cabo.
Socialistas criticam o “candidato do blá blá blá”, referindo-se a Paulo Rangel. Pedro Marques lembra a entrada de Passos Coelho na campanha: “Não páram de mostrar o caminho para onde querem voltar”.
A comissão política nacional do MPT revelou hoje ter pedido a abertura de um processo disciplinar contra o seu eurodeputado José Inácio Faria.
Ao contrário da prática noutros países europeus, estudo mostra que a democracia portuguesa tem sido pródiga a recrutar “especialistas” sem qualquer experiência política ou partidária para ministros. As áreas preferenciais são o comércio e indústria, economia e finanças, educação e ensino superior, e administração pública.
A líder do Bloco de Esquerda diz que PS e PSD têm mantido Carlos Costa como governador porque este tem “costas largas”.