A ideia foi criar “um espaço para trabalhar a imagem impressa”, contam os mentores do projecto Vítor Marques da Cunha e Mário Roberto. Ilustração, serigrafia, gravura – “e, sobretudo, fotografia, pensamos que será mais fácil encontrar trabalhos com qualidade para exposição”.
Quando visitamos, os antigos néones de Ponta Delgada vistos por Paulo Prata em Neon Lights PDL estão em exibição – na parede oposta estão as linogravuras, “numeradas e assinadas”, de Mário Roberto, das azorean beauties, do azorean folk e do azorean punk – as tradições micaelenses com roupagens modernas.
Mas há mais que ver na Miolo, que dá prioridade aos jovens numa espécie de incentivo à criação (e criatividade). Desde o “caderno-árvore” de Sara Azad (as folhas abrem como folhas de árvores em torno de um tronco), às agendas “Luz” (o tema de 2016, acompanhado de citações ao longo do volume) de Júlia Garcia, com processo de impressão e montagem manual da Tipografia Micaelense, à serigrafia e cerâmica de Inês Ribeiro, por exemplo.
No fundo da sala, crua, como se de uma garagem se tratasse, há uma máquina à la minute, uma relíquia que funciona com chapa de vidro e colódio húmido.
“Estamos à espera do Verão para encantar turistas”, diz Mário Roberto, encantado com a menina dos seus olhos que faz parte do projecto Malavelha Photographia.
Rua Pedro Homem, 45
Ponta Delgada
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