Livros
Escolhas de Gustavo Rubim, Helena Vasconcelos, Hugo Pinto Santos, Isabel Coutinho, Isabel Lucas, José Riço Direitinho, Maria da Conceição Caleiro e Mário Santos
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10
A Minha Luta 3: A Ilha da Infância
De Karl Ove Knausgård (Trad. João Reis)
Relógio d'Água
O terceiro volume do ambicioso e complexo projecto romanesco do autor norueguês é ainda mais intimista do que os dois tomos anteriores. No seu estilo lento e reflexivo, Knausgård escreve um “tratado do medo” em jeito de “romance de formação” adaptado ao nosso século. A infância como um tempo ferido. José Riço Direitinho
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8 ex-aequo
O Torcicologologista, Excelência — Diálogos, Cidade
De Gonçalo M. Tavares
Caminho
Há um certo poder de encantamento nos diálogos inteligentes de O Torcicologologista, Excelência. A obra encaixa-se perfeitamente na frase que o seu autor gosta de usar: “O livro é uma máquina de nos fazer levantar a cabeça”. São “crónicas ficcionais” sobre revoluções, poder, vaidade, o bem e o mal, o sim e o não. O texto O humano nº1, o humano nº2, o humano nº3 fecha este jogo com o leitor e nele se percebe também porque é que Gonçalo M. Tavares é um escritor diferente. Isabel Coutinho
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8 ex-aequo
Da Natureza dos Deuses
De António Lobo Antunes
D. Quixote
Um dos traços da obra de Lobo Antunes é a indagação reiterada do poder da linguagem, da sua transfiguração, e do modo como a palavra pode inscrever-se na forma tradicional da narrativa. De como as sucessivas vozes, numa vivência singular do tempo, podem corrigir-se umas às outras. Essa procura acentua-se ainda mais neste seu 26.º romance. J.R.D.
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7
Astronomia
De Mário Cláudio
D. Quixote
Distinguir as fronteiras entre autobiografia e ficção, rememoração e fingimento, acaba por ser a menor das actividades perante Astronomia. Mário Cláudio incorporou exemplarmente a inventividade da efabulação na moldura de uma autobiografia heterodoxa, por revelar menos do que sugere, por ficcionar a verdade da vida. Hugo Pinto Santos
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6
História de Quem Vai e de Quem Fica
De Elena Ferrante (Trad. Margarida Periquito)
Relógio D’Água
Outra vez Elena Ferrante, aqui prosseguindo a exploração da intimidade das personagens num enquadramento social e político complexo. Como nos volumes anteriores da Tetralogia de Nápoles, o amor e a “casa” não são lugares de conforto ou salvação, e a identidade constrói-se a partir do permanente confronto entre o íntimo e o privado. Isabel Lucas
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5
Gente Melancolicamente Louca
De Teresa Veiga
Tinta-da-China
Foi o regresso, sete anos depois do último livro, de uma das vozes mais originais da literatura portuguesa, numa colectânea de 11 contos que alarga e sublinha um universo literário inquietante e singular — personagens complexas, quase sempre mulheres que, de uma forma ou de outra, vivem sujeitadas por um qualquer poder. J.R.D.
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4
Quartos Alugados
De Alexandre Andrade
Exclamação
Com Alexandre Andrade regressou, este ano, uma escrita excepcional na sua arte de dizer a variação incalculável de coisas e seres, de uma forma sempre empolgante, mas ao mesmo tempo serena na sua expressão. Os contos de Quartos Alugados atestam a que ponto a ficção pode não ceder à pequena história ou ao alegado belo efeito. H.P.S.
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3
A Senda Estreita para o Norte Profundo
De Richard Flanagan (Trad. Miguel Serras Pereira)
Relógio D’Água
Em 1943, depois da queda de Singapura, os japoneses obrigam milhares de prisioneiros a construírem um caminho-de-ferro na Birmânia. O médico Dorrigo Evans tenta desesperadamente salvar os seus homens, numa luta contra a barbárie. Richard Flanagan venceu o Booker de 2014 com esta história de amor, guerra, humilhação, resistência e esperança. Helena Vasconcelos
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2
História do Novo Nome
De Elena Ferrante (Trad. Margarita Periquito)
Relógio D’Água
O segundo volume da Tetralogia de Nápoles confirma a elevada qualidade literária da autora-mistério que assina como Elena Ferrante. Em cena, aqui, a adolescência e a entrada na vida adulta, a descoberta da paixão, do ciúme e da traição, e a ambiguidade da amizade entre as protagonistas Lenú e Lila. I.L.
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1
Assim Começa o Mal
De Javier Marías (Trad. Paulo Ramos)
Alfaguara
Depois de escritas as mais de 1.500 páginas de O Teu Rosto Amanhã (trilogia da qual apenas o primeiro volume foi publicado em Portugal), Javier Marías terá chegado a pensar que não voltaria a escrever um romance. Publicou, entretanto, Os Enamoramentos, uma taciturna ficção sobre certos malefícios do amor e — disse-o o próprio autor — sobre a impunidade triunfante e crescentemente tolerada nas nossas sociedades. A propósito de Assim Começa o Mal, a obra mais recente de Javier Marías, poder-se-ia dizer que é um romance sobre os malefícios da verdade e sobre as sombrias virtudes da impunidade. Na vida privada e íntima do protagonista Eduardo Muriel — um realizador de cinema assombrado pela memória de uma mentira — e na vida pública e histórica da sociedade em que vive — a Espanha de 1980, a da transição para a democracia, uma época “de tanta efervescência que tudo parecia repentinamente permitido e normal em contraste com as décadas de chumbo de Franco”. Mas também o narrador deste romance, porta-voz e anotador de Muriel, pertence “àqueles que guardam algum segredo que jamais poderão contar a quem vive e ainda menos a quem já morreu”, e disso nos fará seus cúmplices. Nessa medida, Assim Começa o Mal é um livro estoicamente pessimista. Porque “aquilo que aconteceu uma vez pode tornar a acontecer” e, talvez pior, “aquilo que nunca aconteceu também pode ser inaugurado”. Mário Santos
Escolhas de António Araújo, António Guerreiro, Gustavo Rubim e Nuno Crespo
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6 ex-aequo
E Assim Sucessivamente
De Abel Barros Baptista
Tinta-da-China
Colecção de magníficos textos publicados na revista Ler, menos crónicas do que aquilo a que o próprio autor chamou “ensaios facetos”. Prosador machadiano, Abel Barros Baptista conjuga humor corrosivo com sofisticação intelectual, criando peças de antologia no combate sem tréguas ao lugar-comum mediático. Gustavo Rubim
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6 ex-aequo
Invisualidade da Pintura. Uma História de Giottto a Bruce Nauman
De Carlos Vidal
Fenda
Um livro de uma dimensão (mais de 800 páginas) e de um ambição teórica de enorme fôlego. Percorrendo a história da arte (e não apenas as chamadas “artes visuais”), Carlos Vidal introduz o conceito de “invisualidade”, fazendo dela a condição e a determinação do visível. A operação, de ordem estético-filosófica, constitui um desafio. António Guerreiro
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6 ex-aequo
Quando os Factos Mudam. Ensaios 1995-2010
De Tony Judt (Trad. Miguel Mata)
Edições 70
A companheira de Tony Judt, Jennifer Homans, responsável pela organização desta antologia, adverte-nos que é de boa-fé que devemos ler os textos do historiador e ensaísta que se notabilizou, desde logo, pelo monumental Pós-Guerra: textos densos e controversos sobre o fim da Guerra Fria, Israel e o Holocausto, o 11 de Setembro e o nosso tempo. Quando os Factos Mudam busca o título num célebre dito de Keynes: “Quando os factos mudam, eu mudo de opinião. E o senhor, o que faz?”. Tony Judt mudou de opinião ao longo dos anos, e talvez a sua indisfarçável nostalgia pelas sociais-democracias do pós-guerra seja utópica e irrealista. Mas quando os factos mudam... António Araújo
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6 ex-aequo
Que Emoção?
De Georges Didi-Huberman (Trad. Mariana Pinto dos Santos)
KKYM
Uma pequena conferencia de Didi-Huberman acerca da importância das emoções enquanto motores do pensamento: não se trata só de reivindicar a sua importância enquanto objecto acerca do qual é preciso pensar, mas também de mostrar a racionalidade das emoções humanas. A esta luz a emoção não é um impasse ou um obstáculo do pensamento, mas a carne de que necessariamente é feito todo o pensar. Nuno Crespo
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6 ex-aequo
O Fim do Homem Soviético. Um Tempo de Desencanto
De Svetlana Aleksievitch(Trad. António Pescada)
Porto Editora
Publicado entre nós ainda antes de se saber que o Nobel da Literatura seria atribuído a Svetlana Aleksievitch, O Fim do Homem Soviético inscreve-se na melhor tradição da reportagem narrativa. A bielorussa percorreu milhares de quilómetros, entrevistou centenas de pessoas: tornou-se um cliché enaltecer a forma polifónica com que nos apresenta as suas personagens e histórias de vida, mas, neste caso, o lugar-comum (aliás, partilhado pela Academia Sueca) é plenamente justificado. O Fim do Homem Soviético é um testemunho directo do comunismo por quem o viveu — e sofreu. A.A.
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5
Uma Admiração Pastoril pelo Diabo (Pessoa e Pascoaes)
De António M. Feijó
Imprensa Nacional — Casa da Moeda
Este notável conjunto de ensaios constitui a melhor imagem do ponto de viragem que atravessam os novos estudos pessoanos. Comparar o gnosticismo de Pascoaes com o de Harold Bloom e rejeitar o mito de um Pessoa fragmentário para “demonstrar a autoridade plena de Pessoa sobre tudo o que escreveu”: dois argumentos fortes defendidos numa prosa de exemplar elegância. G.R.
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4
KL. A História dos Campos de Concentração Nazis
De Nikolaus Wachsmann (Trad. Miguel Mata)
D. Quixote
Quando se julgava que já tudo fora dito e redito sobre o Holocausto, Nikolaus Wachsmann publica um livro monumental que tem por tema os campos de extermínio. Obra de historiador, apoiada num rigoroso escrutínio dos factos e num levantamento sistemático de arquivos de todo o mundo, KL retrata uma realidade circunscrita — os campos administrados pelas SS — mas ainda assim suficientemente ampla para podermos dizer que este é o relato mais completo actualmente existente sobre a Solução Final: será difícil ultrapassar a envergadura e a qualidade do trabalho de Wachsmann. A.A.
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3
Poderes da Pintura
De José Gil
Relógio D’Água
As pinturas de Ângelo de Sousa dão a José Gil a oportunidade de pensar acerca do misterioso facto de a pintura estar sempre a abandonar a sua condição de mera inscrição bidimensional numa tela e a extrapolar o seu ser — imagem, mancha, figura. Um texto sobre Ângelo de Sousa, sim, mas também sobre o modo como a pintura é um lugar de inquietação do espectador, enquanto corpo sensível e afectivo. N.C.
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2
A Filosofia e o Mal
De José Gil
Relógio D’Água
As pinturas de Ângelo de Sousa dão a José Gil a oportunidade de pensar acerca do misterioso facto de a pintura estar sempre a abandonar a sua condição de mera inscrição bidimensional numa tela e a extrapolar o seu ser — imagem, mancha, figura. Um texto sobre Ângelo de Sousa, sim, mas também sobre o modo como a pintura é um lugar de inquietação do espectador, enquanto corpo sensível e afectivo. N.C.
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1
Racismos. Das Cruzadas ao Século XX
De Francisco Bethencourt
Temas e Debates
sEste livro tem tudo. Uma definição simples e operativa de racismo enquanto objecto de estudo, uma “tese” em torno da qual se articula a narrativa (o racismo foi motivado por projectos políticos de domínio), uma escrita elegante, uma investigação modelar e — é importante dizê-lo — um riquíssimo aparato bibliográfico e iconográfico. Saído originalmente em inglês, na prestigiada chancela da Princeton University Press, a sua publicação entre nós é um acto de coragem editorial, que importa saudar em tempos marcados pela avidez das “vendas”. Titular da cátedra Charles Boxer de História no King’s College, o autor tem credenciais que dispensam apresentações. Neste Racismos, fornece uma história sistemática mas, em simultâneo, fragmentária dos racismos ocidentais (logo de início, adverte-se que os racismos não são um exclusivo do Ocidente, ideia que o capítulo final ilustra à saciedade). Se existe um fio condutor que permite alcançar a dimensão e as variações do(s) racismo(s) desde as Cruzadas, há, por outro lado, uma exploração daquilo que, em cada período, dominou a abordagem do racismo. Num território em que seria fácil resvalar em lugares-comuns ou tentações panfletárias, Francisco Bethencourt revela uma extraordinária serenidade analítica e um admirável escrúpulo de investigador, trazendo à tona um livro que, por muitos anos, será uma referência mundial sobre um fenómeno persistente. Sem nacionalismos descabidos, é um enorme orgulho sabermos que o seu autor é português. A.A.
Escolhas de Gustavo Rubim, Hugo Pinto Santos, Luís Miguel Queirós e Maria da Conceição Caleiro
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10
Misteriosamente Feliz
De Joan Margarit
Língua Morta
Uma edição mais do que perfeita do poeta, articulista e arquitecto catalão nascido em 1938. Íntimo e cosmopolito, solta-se do singular só seu, que pode ser identificado, uma ressonância universal. Visitação mansamente feliz à memória que partilha, modo de suportar misteriosamente o insuportável: Joan Margarit é um grande fazedor de frátrias. Maria da Conceição Caleiro
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9
Óxido
De Gastão Cruz
Assírio & Alvim
Óxido dialoga expressamente com poemas de diversas fases da obra de Gastão Cruz, numa espécie de balanço dessa persistente e singular reflexão sobre a natureza trágica do tempo que a sua poesia vem construindo há mais de meio século. É também um dos seus livros mais conseguidos, num registo por vezes mais próximo dos seus títulos dos anos 80 e 90 do que de alguma da sua produção mais recente. Luís Miguel Queirós
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8
Manhã
De Adília Lopes
Assírio & Alvim
O alargamento da recepção confirmou Adília Lopes como autora, sem apagar nunca a indecidibilidade, que perturba e atrai. Manhã faz rir e angustia, cruza voz infantil e erudição, redescreve noutra língua o (seu) mundo fermentado numa desmedida solidão. Se estes textos não causam a perplexidade dos primeiros, mantêm os traços. Uma travessia quase diarística pela infância, pelos discursos que dela se evolam — com fotografias, talvez para dar à autora a garantia do real. M.C.C.
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6 ex-aequo
Persianas
De Miguel-Manso
Tinta-da-China
Falso representante da escola dos que escrevem poemas como se a poesia pouco valesse, Miguel-Manso tem aqui a sua obra de maturidade. A segunda parte, homónima do livro, é a melhor das três que o dividem. Jogos de luz e sombra, estas persianas pedem um leitor atentíssimo, à altura do gesto de “elevar a escrita à casta de leitura” e capaz de seguir o fio persa que desde o título se anuncia. Gustavo Rubim
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6 ex-aequo
Cal
De Paulo da Costa Domingos
Averno
Como poeta e como editor da Frenesi, Paulo da Costa Domingos resiste há décadas, com a truculência que se lhe reconhece, a quanto lhe pareça contribuir para tornar a poesia um exercício normalizado e anódino. Quarenta anos após Gogh Uma Orelha Sem Mestre (1975), Cal pode bem ser o seu melhor livro de sempre. L.M.Q.
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5
Presa Comum
De Frederico Pedreira
Relógio D’Água
O passado é submetido a uma “câmara escura”. Um tempo em regime dialógico, que se quer fotografar, mas cujos negativos é preciso revelar, na obscuridade. Nessa penumbra que recorda, as vivências são mergulhadas em substâncias ácidas, numa operação de técnica precisa. Assim esta poesia perante a armadilha dos relacionamentos. Hugo Pinto Santos
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4
Elsewhere/Ahures
De Rui Pires Cabral
não (edições)
Em 1997, Rui Pires Cabral abriu caminho a uma nova geração de poetas portugueses com o livro fundador Música Antológica & Onze Cidades. Em 2012 voltou a inovar com Biblioteca dos Rapazes, usando a colagem e a citação, não para reatar quaisquer tradições vanguardistas, mas para materializar o que sempre foi um veio dominante da sua poesia. Elsewhere/Alhures é mais um belo exemplo desta arte híbrida. L.M.Q.
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3
A Sombra do Mar
De Armando Silva Carvalho
Assírio & Alvim
Um livro admirável na sua tonalidade crepuscular e meditativa. Aproxima-se de um tempo pessoal e objectivo “cada vez mais frágil” e equaciona as matérias da fragilidade e finitude humanas com um invulgar rigor de ritmo, música e vocábulo. Uma poesia que colhe na falível força do humano a sua seiva. H.P.S.
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2
Mirleos
De João Miguel Fernandes Jorge
Relógio D’Água
Quase um verso de Mirleos — “corpo a corpo em corpo de pedra” —, quase a sua síntese. Embora perniciosa, a síntese serve de padrão para um conjunto notável de poemas em que a obra de arte é um núcleo activo, que abre caminhos e reflexões que excluem a frieza do arquivo por cantarem o corpo e a alma das eras interpelando o presente. H.P.S.
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1
Poemas Canhotos
De Herberto Helder
Porto Editora
Se Herberto Helder viveu rodeado por uma obscuridade que ele mesmo adensou e interrogou, então nada na sua obra é tão literalmente obscuro como esta última série a que, antes de morrer, chamou Poemas Canhotos. A via da mão esquerda, na tradição a que associou a sua escrita, é a via da magia negra. A imagem sexual que inaugura o livro — “a amada nas altas montanhas/ o amador ao rés das águas” — sela a entrada nesse caminho através duma conjunção puramente passional entre o elevado e o raso, o feminino e o masculino. Essa conjunção é reveladora na proporção em que é opaca, fechada sobre si mesma como dois corpos se fecham a tudo o que não seja a lei desconhecida que os atrai: “o amor casa e descasa/ lá pelas altas montanhas/ e nas águas que as afogam/ casadas noites com dias/ enquanto o mundo rodava/ só eles se não cansavam/ só eles dois se cosiam/ um ao outro pela boca”. A paixão sexual expressa “pela boca” associa as forças do corpo à energia da linguagem. A essa energia, na via canhota, não se acede sem convocar o mal enquanto domínio arquipoético: “venha a mim o mal da terra/ as entranhas da palavra/ as bocas uma na outra”, escreve Herberto também no magnífico segundo poema do livro, como se fosse um bruxo no meio do mais nocturno ritual. Nem o incesto escapa a esta feitiçaria toda encerrada na busca do “nome contrário”, em guerra aberta com quem põe a poesia “às ordens de um modelo civil”, fiel a mão nenhuma que não seja aquela que conduz a escrita e quem escreve “por descaminhos de luz/ ao centro da escuridão”. G.R.
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Cultura-Ípsilon
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Cultura-Ípsilon
Itamar Vieira Junior vence pela segunda vez Jabuti com Salvar o Fogo
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Cultura-Ípsilon
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Cultura-Ípsilon
Bruno Vieira Amaral: “A felicidade é quase sempre medida não por aquilo que se tem, mas por aquilo que falta”