Exposições
Escolhas de José Marmeleira, Luísa Soares de Oliveira e Nuno Crespo
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10
Fear Knot Fear
Alexandre Conefrey
Appleton Square. De 22 Jun. a 21 Jul.
Carvão, madeira queimada, pasta, água, foram os materiais de uma notável exposição. Em formatos delicados, tímidos, Alexandre Conefrey solicitou-nos uma disponibilidade para olhar e ver o que as suas superfícies de papel mostravam: a transfiguração animada por um gesto que fez aparecer sombras, trevas e luz. De pequenas tempestades. José Marmeleira
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9
4.56.20
João Tabarra
Solar Galeria Solar, Vila do Conde. De 8 de Out. a 31 de Dez.
Em colaboração com o cineasta Jean-Luc Godard e a ensaísta Nicole Brenez, João Tabarra assinou mais um momento de um percurso construído sobre a investigação da imagem, o questionamento das condições políticas da vida e um amor sincero e céptico pelo cinema. Num olhar intransigente, dirigido ao pensamento do espectador. J.M.
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8
Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira 2016
De 15 de Out. de 2016 a 29 Jan. 2017
Esta nova edição da Bienal de Fotografia experimentou um modelo bem sucedido de organizar as suas exposição em torno de um tema comum. Para esta edição o arquivo e observação foram os conceitos que as cerca de trinta exposições desenvolveram através das quais se forma um importante panorama da produção fotográfica contemporânea portuguesa. Nuno Crespo
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7
Paisagens Ocultas
Nikias Skapinakis
Galeria da Politécnica, Lisboa. De 9 de Nov. a 17 de Dez.
Sob a luz artificial, em guache e a óleo, em séries verticais e horizontais, esta individual de Nikias Skapinakis recordou ao espectador a energia suave de um desenho e o apaziguador mistério de uma pintura. Entre paisagem e a possibilidade de abstração, Paisagens Ocultas foi uma provocação tranquila que venceu o quotidiano. J.M.
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6
O que diz a pintura – O trabalho de Pedro Chorão (1971 – 2016)
Pedro Chorão
LISBOA. Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional. De 12 de Novembro a 19 de Fevereiro de 2017. Fundação Carmona e Costa – De 19 de Novembro a 7 de Janeiro de 2017.
Duas grandes exposições antológicas em Lisboa, uma na Cordoaria Nacional e outra na Fundação Carmona e Costa, encerraram o ano com a apresentação há muito merecida da obra de Pedro Chorão. Artista discreto, tem vindo a construir há cerca de quatro décadas uma pintura de grande qualidade em que os valores propriamente pictóricos – cor, composição, bidimensionalidade, gesto – se declinam numa prática vigorosa. Pedro Chorão é sem dúvida um dos grandes pintores da contemporaneidade. Luísa Soares de Oliveira
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5
Gloriosos fim-de-semana de Xabregas
Bregas - atelier de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira. Várias datas
Trata-se de um dos espaços mais estimulantes de Lisboa. Organizados pela dupla de artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, estes fins-de-semana, que já vão na sua 6.ª edição, oferecem um programa eclético, e muito independente, de propostas artísticas que de outra forma dificilmente se poderiam conhecer. N.C.
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4
Ascensão
Rui Chafes
LISBOA. Igreja de São Cristóvão. De 5 de Maio a 1 de Julho.
Em Lisboa, na antiquíssima Igreja de São Cristóvão, durante praticamente todo o ano de 2016, Paulo Pires do Vale concebeu um ambicioso programa de abertura cultural e captação de apoios para o urgente restauro do templo. “Não te faltará a distância, uma exposição em quatro passos” – assim se chamava o projecto –, passou pela performance, vídeo, pintura e por esta Ascensão de Rui Chafes, uma instalação de peças em ferro pintado que anulavam, como é habitual neste escultor, a aparente impossibilidade de transposição de uma distância física entre a terra e o céu, ambos concebidos simbolicamente. L.S.O.
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3
Wolfgang Tillmans: No limiar da visibilidade
Museu de Serralves De 30 de Jan. a 25 de Abr.
Para Tillmans (1968, Remscheid, Alemanha), a fotografia é simultaneamente instrumento de acção no mundo e lugar de contemplação. O que implica, no seu caso, a articulação entre visualidade do mundo, ética da observação e comprometimento moral. E é a feliz articulação destes três elementos que constitui a singularidade do trabalho deste fotógrafo. N.C.
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2
Depois
André Cepeda
Museu do Chiado, Lisboa. De 7 de Mai. a 25 de Set.
Uma exposição de fotografias de edifícios, ruas e objectos assombrados pela desolação e o abandono. Ou a decrepitude da cidade, de um deserto que cresce, escreveu António Guerreiro no catálogo de Depois. Mas estas imagens de André Cepeda também permitiram evocar memórias de histórias de vidas individuais. Disseram-nos que houve ali gente. J.M.
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1
Fever Room
Apichatpong Weerasethakul
LISBOA. Festival Temps d’Images. Teatro São Luís, Sala Luís Miguel Cintra. 29 e 30 de Outubro
Em Outubro, integrado no festival Temps d’Images, o São Luiz trouxe-nos este Fever Room do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, já estreado antes em Graz, na Áustria. Muito nitidamente ele era logo à partida um projecto que ultrapassava as estritas fronteiras do cinema e mesmo do teatro, e isto a partir da própria natureza das imagens escolhidas para as projecções: um percurso temporal ancorado em pares de opostos (rio/margem, viajante/paisagem, superfície/gruta, luz /escuridão, realidade/sonho), que, a partir de um olhar desencantado sobre a realidade política no país do autor, ultrapassava os estreitos limites do documentarismo e da ficção para tocar outros céus.
Pela via da reflexão sobre a imagem, o seu nascimento, a sua essência e o seu destino, Weerasethakul insere-se exemplarmente num conjunto de preocupações conceptuais e estéticas que estão presentes em parte significativa (e interessante) da arte contemporânea. Ao criar um dispositivo cénico que colocava o espectador no centro do palco, rodeado de imagens que o submergiam literalmente – uma “obra de arte total” contemporânea -, o artista duplicava a própria condição do homem de hoje. De hoje e de amanhã, de um modo quase profético. L.S.O.
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