Música
Escolhas de Gonçalo Frota, João Bonifácio, Mariana Duarte, Mário Lopes, Pedro Rios e Vítor Belanciano
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10
A Tribe Called Quest
We Got It From Here… Thank You 4 Your Service
Epic Records
Um caso estranho, porque constituiu um regresso – já não gravavam desde 1998 – e ao mesmo tempo um duplo adeus, tendo dito que seria o seu último disco e despedindo-se de um dos seus membros, Phife Dawg, que morreu em Março. Fazem-no com um disco inspirado, onde perseguem a matriz que sempre os identificou (aquela forma lúdica de fazer coincidir hip-hop com jazz ou funk, numa sonoridade distendida e lânguida), mas atribuindo-lhe uma vibração totalmente actual. Nos anos 1990 foram capazes de abrir o hip-hop a novos vocabulários, timbres, ritmos e texturas. Tantos anos depois conseguiram criar um álbum capaz de ombrear com os seus momentos mais estimulantes, o que é obra. Vítor Belanciano
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9
Nick Cave & The Bad Seeds
Skeleton Tree
Kobalt, distri. PopStock
É um disco onde paira a morte (um filho de Nick Cave, Arthur, de 15 anos, morreu o ano passado ao cair de um penhasco em Brigthon, onde a família vive), às vezes de forma directa, outras de maneira alegórica, mas é acima de tudo uma obra de superação desse momento. São canções de um homem à volta com o seu luto, o choque, as dúvidas, mas onde a beleza, a esperança e o sentido da vida estão presentes. Que tudo isso esteja inscrito nesta obra de música – tantas vezes a arte do indizível – eis o que faz dela um testemunho poderoso e um álbum comovente. V.B.
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8
Frank Ocean
Blonde
Def Jam/Boys Don’t Cry
Depois do açucarado Channel Orange, Frank Ocean foi pelo caminho difícil e descarnou a sua música até chegar a um estado de beleza raro. Mostrou como o R&B pode rejeitar as formas clássicas para se lançar ao desconhecido, revelando mais do cantor. Exemplos não faltam, dos mergulhos de Skyline to (um céu de sintetizadores) e Seigfried (maravilhosa orquestração) à classe soul de Pink + White e White Ferrari. Há poucas batidas, poucos instrumentos, poucos convidados – Frank subtrai, expondo-se totalmente, desenhando arcos narrativos nas entrelinhas. Pedro Rios
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7
Anderson Paak
Malibu
Steel Wool
A Anderson Paak não falta o swag das ruas, mas a sua garganta não consegue disfarçar o classicismo que a funda. Malibu, o segundo álbum, é a improvável confirmação de um talento absurdo, escorado na tradição da soul americana. É um disco de hip-hop, claro, se admitirmos que o melhor hip-hop há muito se soltou da matriz, mas um disco de hip-hop em que o imenso arco-íris musical joga para a voz de Paak. É um álbum tremendo, ancorado no século XXI sem esquecer o que está para trás, um disco de agora, deste momento, dos nossos problemas, das nossas alegrias. Onde vamos quando não queremos estar aqui no real? Vamos a Malibu, Malibu é excelente. João Bonifácio
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6
Capitão Fausto
Têm os Dias Contados
Sony Music
Milagroso conjunto de canções de uma pop recolhida nos anos 60 e 70. Beatles, Kinks e Love haviam de ajoelhar-se diante destes Capitão Fausto. Os desvarios psicadélicos que em palco se espraiam por instrumentais em espiral, aqui saem subtilmente de cena e deixam Tomás Wallenstein e companhia ao leme de temas que se despedem da mocidade com uma notável beleza nostálgica, cheios de dúvidas e inquietações. Como no mais fundamental dos clássicos, cada nota é um deslumbramento, cada verso pede atenção plena. Gonçalo Frota
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5
Solange
A Seat At The Table
RCA, distri. Sony
Ao terceiro álbum, a irmã mais nova de Beyoncé emancipa-se com uma obra total que se ouve do início ao fim de um só fôlego. É ao mesmo tempo um testamento pessoal e comunitário sobre a experiência da negritude nos EUA, tanto ontem como hoje, congregando uma perspectiva individual, cultural e social. Do ponto de vista musical abre-se à soul psicadélica, com as canções resistindo ao ornamento inútil, revelando-se gradualmente de forma enxuta. Apesar da maior parte abordar temáticas conflituosas, fá-lo sempre de forma elegante e emocionalmente íntegra, comunicando com o ouvinte de maneira tão particular quanto universal, a partir de um prisma intensamente pessoal. V.B.
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4
PJ Harvey
The Hope Six Demolition Project
Universal
Depois de se enfiar nas trincheiras no anterior Let England Shake, PJ Harvey por lá se deixou ficar, continuando a escrever canções caminhando sobre corpos tombados sem vida, existências deixadas na mais absoluta miséria e escombros das acções devastadoras de homens contra homens. Na ressaca de viagens ao Afeganistão, Kosovo e Washington D.C., Polly Jean escreve a quente sobre as impressões que se colaram à pele nessas visitas e embala as canções em percussões e saxofones entre a revolta e o desânimo. G.F.
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3
Angel Olsen
My Woman
Jagjaguwar; distri. Popstock
Há poucas coisas mais bonitas que ver alguém tornar-se adulto à nossa frente sem perder uma grama da graça da meninice. Não é por acaso que este conjunto de canções se chama My Woman e não Senhorita: Angel Olsen quis que parássemos de olhar para si como alguém que ainda não é capaz de cuidar de si próprio. Daí os vídeos com cabeleiras e danças e patins, uma forma de dizer que há mais nela do que um belo par de lágrimas. Ela pode, por exemplo, avançar com um slow como Heart shaped face ou soar a Billie Holiday na pianada de Pops ou deambular entre as paisagens gélidas dos sintetizadores de Intern. Não é a fractura com o passado que foi aí anunciada, mas um abrir para a luz, cheio de confiança. E só lhe ficou bem. J.B.
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2
David Bowie
Blackstar
Ed. e distri. Sony Music
Ousado, inquietante, denso, corajoso e alienígena, com músicos de jazz a recriarem formas disformes com algum rock lá dentro. Foi assim que Bowie se apresentou, pela última vez, ao público, a 8 de Janeiro, dia em que fez 69 anos, dois antes da sua morte. Fê-lo com um álbum exploratório de ambientes intensos, com guitarras, sopros e teclados prolongando-se até ao infinito. Podia muito bem ter-nos deixado como se fosse uma relíquia de museu. Legado e história não lhe falta. Mas não. Continuou até ao fim a assimilar ideias com sentido de risco num léxico de grande clareza. V.B.
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1
Elza Soares
A Mulher do Fim do Mundo
Circus/Natura Musical; distri. Compact Records
Elza Soares tem 79 anos, é um dos maiores nomes do samba e uma figura conhecida e reconhecida desde o final da década de 1950. Ainda assim, o assombro que provoca a audição do seu último álbum, o primeiro de originais em toda a sua longuíssima carreira, leva-nos a exclamar “de onde veio esta mulher?”. O disco responde, ponto por ponto. Veio de baixo, de onde se vê o mundo com maior clareza. Sofreu muito e viveu muito, lutou e caiu e reergueu-se. A Mulher do Fim do Mundo é a sua história e o seu testamento artístico – “Meu choro não é nada além de Carnaval / É lágrima de samba na ponta dos pés”, ouvimo-la cantar nos primeiros minutos de disco. Guiada por um conjunto excepcional de jovens músicos paulistas, liderados por Guilherme Kastrup, em quem Elza, pelo aventureirismo e sensibilidade, se reconheceu, a cantora assinou um álbum de alerta e denúncia (o racismo, a violência de género, a descriminação sexual) e cantou-o com uma voz que se ergue com autoridade sobre o mundo desvairado e assustador que habitamos hoje. O samba é o coração que bate nesta música híbrida, onde o balanço intemporal se cobre de electricidade rock, pulsão electrónica ou tensão pós-punk. Sabemos perfeitamente de onde veio Elza Soares. Mas não imaginávamos possível que chegasse aqui. A Mulher do Fim do Mundo é o álbum de uma vida. A dela. A nossa. Mário Lopes
Escolhas de Nuno Catarino e Rodrigo Amado
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10
Andrew Cyrille Quartet
The Declaration of Musical Independence
ECM
O veterano percussionista Andrew Cyrille reúne neste disco um improvável quarteto: Bill Frisell (guitarra), Richard Teitelbaum (sintetizador e piano) e Ben Street (contrabaixo). Música que cruza universos sonoros e gerações e, fazendo jus ao título, se afirma como verdadeira declaração de independência musical. Nuno Catarino
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9
Mark Dresser Seven
Sedimental You
Clean Feed
Liderando um septeto grandioso, o contrabaixista Mark Dresser apresenta neste disco uma música riquíssima. Dentro de cada tema viaja-se por diferentes mundos sonoros, com os instrumentos invulgarmente dinâmicos e interligados. O resultado é um jazz moderno e aberto, sempre curioso e surpreendente. N.C.
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8
Henry Threadgill's Ensemble Double Up
Old Locks and Irregular Verbs
Pi
Actualmente com 72 anos, Threadgill optou neste novo registo por ficar de fora, não tocando o seu habitual saxofone alto, assumindo o papel de condutor musical. Álbum de consagração em que a grande estrela é o próprio universo musical por si criado, ligando de forma orgânica e simbiótica composição e improvisação. Rodrigo Amado
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7
Susana Santos Silva / Anker / Sandell / Zetterberg / Falt
Life and Other Transient Storms
Clean Feed
A trompetista Susana Santos Silva junta-se a quatro excelentes improvisadores europeus para desenvolverem uma música assente na improvisação pura. Música que vive em constante evolução, em permanente estado de exploração. Desfile de ideias e diálogos num autêntico manifesto da improvisação livre. N.C.
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6
Charlie Haden Liberation Music Orchestra
Time Life
Impulse
Com arranjos e direcção de Carla Bley e uma conjugação extraordinária de solistas, Time Life dá continuidade à brilhante herança musical de Charlie Haden, materializando um projecto iniciado em 2007, com Haden ainda vivo. Um álbum que excede todas as expectativas, exuberante e profundamente emotivo. R.A.
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5
Fred Hersch Trio
Sunday Night At The Vanguard
Palmetto
Com o título a evocar deliberadamente o icónico álbum de Bill Evans, o mais recente registo do pianista Fred Hersch confirma-o como um dos músicos da cúpula jazz, representando uma brilhante depuração do seu trabalho passado e afirmando-se como um case study de detalhe e comunicação musical. R.A.
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4
Michael Formanek
The Distance
ECM
Terceiro registo de Michael Formanek para a ECM, este álbum veio provocar a reavaliação dos princípios que regem a escrita para grandes formações no jazz. Reunindo uma assombrosa formação de 18 músicos, The Distance coloca Formanek na linha da frente dos mais criativos compositores para formações de grande porte, ao lado de notáveis como Schneider ou Hollenbeck. R.A.
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3
Joe McPhee
Flowers
Cipsela
Gravado ao vivo em Coimbra, este disco documenta a actuação do lendário Joe McPhee no festival Jazz ao Centro 2009. Numa rara performance em saxofone alto, o veterano McPhee exibe a sua criatividade e versatilidade, atravessando a história do jazz, citando elementos do passado, cuspindo fogo, alimentando um ambiente de cerimonial religioso. N.C.
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2
Steve Lehman & Sélébéyone
Sélébéyone
Pi
Depois do aclamado Mise en Abîme, nada fazia esperar que o saxofonista Steve Lehman operasse uma inflexão estética desta envergadura. Fusão pura e dura de dois estilos musicais (jazz e hip-hop), Sélébéyone é um glorioso melting pot de linguagens musicais, do jazz cerebral e abstracto de Lehman aos voos linguísticos dos rapers convocados para a ocasião. R.A.
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1
Wadada Leo Smith
America's National Parks
Cuneiform
Compositor e trompetista, actualmente com 77 anos, Wadada Leo Smith fê-lo de novo. Começando o ano com um fascinante registo em duo com o pianista Vijay Iyer, A Cosmic Rhythm With Each Stroke (ECM), Leo Smith foi ainda mais longe e editou aquele que é um dos mais poderosos álbuns da sua discografia. Sucedendo-se aos aclamados The Great Lakes Suites (2014) e Ten Freedom Summers (2012), este novo registo marca o regresso do mítico Golden Quartet (com Anthony Davis, John Lindberg e Pheeroan AkLaff), aqui numa versão expandida para quinteto com a inclusão do violoncelista Ashley Walters, músico que vem reforçar as tonalidades clássicas do álbum. Pensado para homenagear o centenário do U.S. National Park Service, organismo que tutela grande parte dos monumentos naturais norte-americanos, este duplo CD é ele próprio um monumento épico dividido em seis partes. Como habitual, Leo Smith afirma-se como mestre de uma abstracção poética, maior que a vida, que é aqui trabalhada com rigor e mestria por todos os elementos do grupo. R.A.
Escolhas de Diana Ferreira e Pedro M. Santos
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9 ex-aequo
Tempo de Outono
Nuno Pinto (clarinete) e Elsa Silva (piano)
Artway Records (AWR 016 001)
Disco que se destaca pela qualidade da interpretação destes dois experientes intérpretes, sendo também digno de realce o facto de se tratar da primeira edição fonográfica das seis peças que o integram - de cinco compositores portugueses contemporâneos: Carlos Azevedo, Fernando Lapa, João Pedro Oliveira, Miguel Azguime e Pedro Amaral. Pedro M. Santos
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9 ex-aequo
Mendelssohn: Symphonies Nos. 1 & 4 'Italian'
LSO Live (LSO0769)
Além da claríssima interpretação da Sinfonia nº 4 (Italiana), associado ao rasgo de energia da leitura iluminada, e historicamente informada, que Sir John Eliot Gardiner faz da composição de um adolescente (Mendelssohn completou a Sinfonia nº 1 aos 15 anos), este disco é valorizado pelo facto de nele podermos comparar as duas versões tão distintas que o compositor fez do Scherzo dessa primeira sinfonia. Diana Ferreira
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7 ex-aequo
Rolf Lislevand, Guitarra e Tiorba
La Mascarade
ECM New Series (ECM 4811716)
É fabulosa a interpretação deste extraordinário músico norueguês, no seu retorno às gravações após o disco Diminuito editado em 2009 pela mesma etiqueta discográfica. A música é de Robert de Visée e de Francesco Corbetta, dois conceituados compositores e virtuosos instrumentistas do século XVII que trabalharam na corte de Luís XIV. P.M.S.
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7 ex-aequo
Sgorgo Y . N . oO
Pierluigi Billone
Kairos (0015016KAI)
Para os amantes da guitarra eléctrica, a trilogia Sgorgo Y (2012), Sgorgo N (2013) e Sgorgo oO (2013), que compõe esta proposta da selectiva Kairos, é o marco incontornável do ano. O virtuosismo e a precisão de Yaron Deutsch dão corpo a esta antologia de uma guitarra reinventada, que espelha o universo absolutamente singular de Pierluigi Billone (1960). D.F.
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5 ex-aequo
Haydn: Cello Concertos
Pavel Gomziakov
Orquestra Gulbenkian, Erik Heide
ONYX 4151
Um disco que demonstra a excelência interpretativa de Gomziakov, intérprete que alia com perfeita naturalidade o rigor técnico e a profundidade expressiva. Tal é evidente tanto no lirismo dos andamentos lentos como no vigor dos andamentos de maior virtuosismo. É ainda digno de realce o facto do violoncelista tocar no famoso violoncelo “Chevillard, Rei de Portugal” construído por Stradivarius em 1725 e que posteriormente pertenceu ao Rei Dom Luís I. P.M.S.
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5 ex-aequo
Caffeine
Luís Antunes Pena
Wergo (WER 6416 2)
Resumo de 12 anos de criação, Caffeine retrata um compositor maduro, capaz de integrar em elaborada composição os sons mais diversificados. A interpretação é dividida por diferentes formações, destacando-se a cumplicidade com o percussionista Nuno Aroso, mas também o nível do pianista Pavlos Antoniadis, do contrabaixista Edicson Ruiz e dos agrupamentos asamisimasa e Ensemble Mosaik. D.F.
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3 ex-aequo
O estado da Nação
Jovens compositores portugueses contemporâneos
Remix Ensemble Casa da Música, Pedro Neves
Orquestra Sinfónica Casa da Música, Takuo YuasaCasa da Música Live Recordings (CDM025)
Uma edição da Casa da Música de dois concertos realizados por dois dos seus grupos residentes, em Maio de 2015 na Sala Suggia, integralmente dedicados a obras de oito jovens compositores portugueses. Trata-se da primeira edição fonográfica de um conjunto de obras recentes e muito interessantes, com boas interpretações. Um disco histórico por testemunhar a relevante acção da Casa da Música, que desde 2007 tem estimulado e apoiado a criação musical portuguesa através do seu programa “Jovens compositores em Residência”. P.M.S.
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3 ex-aequo
Schubert & Beethoven
Grigory Sokolov
Deutsche Grammophon
Schubert (Quatro Improvisos, D. 899; Três Peças para piano, D. 946) e Beethoven (Sonata Hammerklavier), mas também os extras de Rameau e Brahms com que Sokolov viajou na temporada de 2015, chegaram ao mercado discográfico logo início do ano, perpetuando, na reunião de gravações dos concertos de Varsóvia e de Salzburgo, a memória de um dos momentos do ano. D.F.
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2
Works for choir and ensemble
Beat Furrer
Toccata Classics (TOCC 0360)
Entre 2006 e 2013, Beat Furrer (1954) compôs um conjunto de seis peças para coro a cappella a partir das Profecias de Leonardo da Vinci. Esse extraordinário conjunto de pouco mais de 30 minutos, intitulado Enigma (I - VI) aparece pela primeira vez em disco neste apodíctico registo, que inclui ainda Voices - still (2001) para coro misto e agrupamento instrumental (peça integrante do drama musical “Begehren”) e …cold and calm and moving (1992), representando duas fases distantes de um dos mais notáveis compositores do nosso tempo. D.F.
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1
Mares
António Chagas Rosa
Drumming Grupo de Percussão, Miquel Bernat
Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP CD0031)
Um disco monográfico integralmente dedicado à obra para instrumentos de percussão do compositor português António Chagas Rosa. Este registo fonográfico revela a variedade de recursos criativos e expressivos de António Chagas Rosa, demonstrando também a maturidade interpretativa e a capacidade de renovação que o Drumming Grupo de Percussão mantém desde a sua formação em 1999. A obra que dá o título ao disco - Mares - é a mais antiga do conjunto, tendo sido composta precisamente em 1999 para o Drumming Grupo de Percussão. Este tríptico de inspiração marítima é, segundo o compositor, uma tentativa de tradução de “impressões sonoras aquáticas através de instrumentos de percussão”. Ao longo de cerca de 30 minutos o Drumming articula de forma notável a grande diversidade de timbres e de padrões rítmicos num discurso musical de grande fluidez. O disco inclui ainda a singela Yemaya's Song, para o original quarteto de duas kalimbas, piano de brinquedo e dois bongós; Deep water music, inspirada no tema Yellow submarine dos Beatles; e o conjunto de quatro miniaturas para marimba preparada intitulado Four Cartoons. P.M.S.
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No Porto/Post/Doc, o jazz é a banda sonora da História
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Fim-de-semana na TV: Dinastias animais, danças com Pite e O Mar Sem Fim
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