Memórias de Família

A Câmara do Porto quer as fotografias antigas da cidade que tem lá em casa

Chama-se “O Tempo do Porto” e, ontem, não era mais do que um álbum com uma única fotografia, instalado na página do Facebook da Câmara do Porto. Mas a autarquia quer que ele cresça e, para isso, pede-lhe que vá ao arquivo de imagens lá de casa e que participe neste projecto de partilha da História da cidade. Basta que não se importe de partilhar essas memórias.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, deu o exemplo, autorizando que uma fotografia da construção da ponte Luiz I, tirada pelo seu trisavô, Emílio Biel, em 1885, tivesse a honra de abertura do álbum. Porque a questão dos direitos de imagem é outro aspecto essencial deste projecto – o município só utilizará imagens que pertençam, efectivamente, à pessoa que as ceder, para que se evitem disputas sobre direitos de autor e uso indevido no futuro.

Numa nota publicada no site da autarquia, explica-se que o objectivo deste projecto é “relembrar a História e trazer memórias de um passado que fundou os alicerces da cidade”. A assessoria de imprensa do município acrescenta que, para já, pretende-se apenas “animar a página de Facebook” com as memórias cedidas, mas que o futuro pode ser diferente. “Se, no final, tivermos imagens em quantidade e qualidade que justifiquem uma exposição ou um livro, não descartamos essa hipótese”, diz o assessor de Rui Moreira, Nuno Santos.

A câmara não procura apenas fotografias de paisagens ou monumentos da cidade, mas também fotos de família que, de alguma forma, ajudem a contar um pouco a História do Porto. Tanto serão bem-acolhidas as fotos da sua avó a saltar uma fogueira de S. João como uma visita de antepassados à antiga feira popular nos jardins do Palácio de Cristal. Sempre acompanhadas de uma pequena história que explique a imagem – quem a tirou, quando e em que circunstâncias, quem são as pessoas retratadas e o que se passava ali.

Os interessados em participar devem enviar as fotografias para fotografia@cm-porto.pt , com a devida identificação dos proprietários da imagem. 

  • José António Rebelo Silva, prior da freguesia de Colares desde 2006, ofereceu-nos uma missa que nos comoveu e, espantosamente, consolou.

  • Os dias contigo são os bocadinhos de manhã, tarde e noite que são avaramente permitidos aos mais felizes.

  • O que contam os descendentes de quem viveu a guerra de forma anónima? Cem anos depois do início da I Guerra Mundial, já sem a geração do trauma, a memória reconstrói-se e tenta-se a biografia portuguesa do conflito europeu.Durante três dias, os testemunhos chegaram ao Parlamento na iniciativa Os Dias da Memória.

  • Ao contrário da generalidade dos militares portugueses evocados nestas páginas, o contra-almirante Jaime Daniel Leotte do Rego (1867-1923) não precisa de ser resgatado do esquecimento

  • Joaquim de Araújo foi uma testemunha privilegiada de alguns dos mais duros combates da guerra em Moçambique

Comentários

Os comentários a este artigo estão fechados. Saiba porquê.