A nossa mãe morreu. Os filhos dela somos nós: duas mulheres e dois homens, mães e pais, cada um com dois filhos.
Nós somos a Kristine, eu, o Paulo e a Diana. Os netos são a Karina e o Nicolas, a Sara e a Tristana, o Diogo e a Vera e a Diana e o Pedro. Os bisnetos são a Clara, a Helena e a Anouk, o António, o Vicente e o Lucas.
O meu sobrinho Diogo anunciou lindamente que se tinha casado com a Sofia, por quem se apaixonou mal abriu os olhos. Foi uma novidade romântica e aventureira que trouxe alegria à tristeza.
José António Rebelo Silva, prior da freguesia de Colares desde 2006, ofereceu-nos uma missa que nos comoveu e, espantosamente, consolou. A nossa querida vizinha em Almoçageme (a Dona Amélia — uma pessoa tão boa, feliz, crente e generosa como é a alma que tem) fez questão de lá estar e de nos ajudar.
Sou um judeu chumbado — um seguidor de Noé — mas comoveu-me e confortou-me a maneira nobre e aberta como José António Rebelo Silva soube acolher a alma tão docemente católica da nossa querida mãe e devolvê-la a Deus.
Ele teve a empatia, a inteligência e a solidariedade de nos juntar a todos, no sofrimento que sentimos e na esperança da reunião eterna. Uniu-nos e uniu-nos a todas as outras almas.
Abençoado seja. Agradeceu a Deus ter dado vida à nossa mãe, sem a qual não estaria ali ninguém. À ausência dela contrapôs a multidão amada das nossas vidas, nascidas dela. E entregou a nossa mãe — a Diana — a Deus. Para sempre. Até logo.
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