Duas coisas que não antecipámos encontrar em Bruxelas: um mercado de segunda-mão aberto todos os dias e uma pintura de comics em progresso numa parede.
No mercado há de tudo: tralha, antiguidades, roupa, livros, discos, em bom estado ou nem por isso. O negócio faz-se, garante um vendedor. O que se vende mais? “Depende dos bolsos. Tenho coisas de um euro a 200 euros”, comenta, apontando ora para alguma quinquilharia ora para vários quadros.
Quem compra mais aqui são, sem dúvida, os belgas. “Turistas só aos fins-de-semana”. E pessoas a trabalhar nas instituições europeias? “Não, não vêm cá muito”, diz, antes de desdenhar: “Esses só trabalham para eles.”
Encolhe os ombros quando se fala da Europa e declina, rindo, mais conversa para aparecer no jornal.
Continuando pelas ruas perto do mercado, pode-se ver aqui e ali algumas paredes pintadas com imagens de bandas desenhadas belgas (são uma imagem de marca do país e os locais com paredes de comics já estão assinalados no mapa da cidade). Ainda temos a sorte de ver um em processo de ser feito, com dois pintores a olhar para desenhos antes de se lançarem na pintura, primeiro a parte da cor, e o traço preto posto apenas no final.
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