O restaurante Baut está cheio. É difícil conseguir mesa, só se janta pelas 21h, que já é tarde por aqui. De decoração cuidada e cozinha primorosa, é um sucesso. E será um sucesso até acabar: a data está marcada.
O Baut é o primeiro restaurante de três sócios (apenas um ligado à culinária) e sempre se soube que o restaurante iria abrir apenas durante dois anos e dois meses. Na parede, o nome era feito de folhas de calendário com os dias todos que o restaurante estará aberto. Mais de metade das folhas já foram arrancadas. Na mesa, o papel lembra isso mesmo: “Data de validade: 31 de Dezembro de 2014”.
O Baut está numa antiga impressora de um jornal (que está mesmo atrás) que vai ser um hotel. O restaurante conseguiu assim aproveitar este espaço e uma renda mais barata antes que o novo proprietário tome posse.
O conceito do upcycling também faz com que o investimento seja menor e a cozinha foi já pensada para poder ser móvel, explica-nos um dos empregados (como não está nenhum dos donos, não quer ser citado). Mas uma coisa é certa, garante: O Baut não vai recomeçar noutro lugar. O que quer que aconteça, vai ser novo.
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