O Eurostar tem números que impressionam: cada comboio tem quase 400 metros (a altura do edifício The Shard, em Londres). Como é o último dia feriado da Páscoa tanto em Inglaterra como na Bélgica, está quase cheio.
E um Eurostar pode levar 770 passageiros, tantos como um Boeing 747, informa a revista de bordo. Mas dentro, quase parece um Intercidades português. Passageiros tentam equilibrar malas, carrinhos de bebé, casacos, e encaixar-se nos bancos.
Famílias enchem bancos de migalhas de croissants ou jogam às cartas. Ouve-se o soar de crianças cada vez mais alto, até ao “shhhhh” de um pai ou mãe. Primeiro em francês, depois em inglês, como que em despique. Mas tudo passa depressa: com uma velocidade média de 300 quilómetros por hora, demoramos cerca de duas horas de Londres a Bruxelas.
Para quem lamente o preço alto dos bilhetes, a revista de bordo tem mais dois números: cada Eurostar custa28 milhões de euros, e em cada comboio consome energia equivalente ao gasto de 20 automóveis de Formula 1 (1600 KW).
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